Ex-marido que matou juíza a facadas será levado a júri popular

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O engenheiro Paulo José Arronenzi, acusado pela morte da ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, será levado a júri popular. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (21).

O crime ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, em dezembro de 2020, na frente das filhas do casal.

De acordo com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a Justiça aceitou todos os elementos de prova elencados na denúncia, determinando que o réu vá a julgamento popular. A expectativa é a de que ocorra ainda este ano.

A decisão do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, manteve a prisão preventiva do engenheiro. Segundo o magistrado Alexandre Abrahão Dias Teixeira, se fosse solto, o homem poderia coagir testemunhas ou ter sua fuga facilitada com risco de se manter impune, tendo em vista que possui familiares na Itália.

Abrahão considerou que há indícios de que o crime foi cometido por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também destacou se tratar de um caso de feminicídio, já que foi praticado “contra mulher por razões de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, na presença física das três filhas do casal”. 

Depoimentos

Os relatos de testemunhas que presenciaram a morte de Viviane também constam no processo. Elas contaram ter observado o comportamento estranho do engenheiro, que andava de um lado para o outro na calçada, enquanto aguardava a chegada da ex-esposa onde ela entregaria as crianças para passarem o Natal com o pai, no dia 24 de dezembro.

De acordo com os depoimentos, assim que desceu do carro, Viviane foi atacada a facadas pelo ex-marido, que guardava outras do mesmo tipo em uma mochila. De acordo com o laudo do IML (Instituto Médico Legal), a juíza foi ferida com 16 golpes. 

Já a mãe da vítima, Sara Vieira do Amaral, relatou que a filha e o ex-marido foram casados por 11 anos e que o engenheiro a mantinha isolada. Viviane teria proposto a separação em setembro de 2020 devido ao comportamento agressivo dele.

Após a separação, Viviane passou a morar com a mãe, mas o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. Um irmão da juíza confirmou a agressividade do ex-cunhado e afirmou que o réu não assumia as despesas da família.

Três meses antes da morte, Viviane havia pedido uma medida protetiva contra o ex-marido e o denunciado por lesão corporal e ameaça. A juíza chegou a ter escolta da polícia, mas meses depois optou por retirá-la.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

Victor Tozo, do R7*
Fonte: noticias.r7.com

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