Júri de assassinato é adiado em BH após um advogado agredir o outro: 'Ofendeu minha honra'

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Via @portalg1 | O julgamento de um crime que aconteceu há 11 anos em Belo Horizonte precisou ser suspenso e adiado, nesta terça-feira (24), após o advogado de defesa ser agredido pelo assistente de acusação, de acordo com a assessoria do Fórum Lafaytte.

A confusão envolveu os advogados José Arteiro, que representa a família da vítima Geraldo Pedro Batista e atuou no caso Eliza Samúdio, e Anderson Marques, que representa o réu Paulo Alkmim Neto.

“Ele me ameaçou de morte, deu um tapa no meu braço e ofendeu minha honra. Depois disso dei voz de prisão a ele”, disse Marques.

O G1 tenta contato com Arteiro.

Segundo a assessoria do fórum, após a confusão, Marques deu voz de prisão ao colega, que foi detido. Pouco antes das 13h, ele disse que estava aguardando os procedimentos de praxe da Polícia Militar (PM) e que depois iria ao Juizado Especial Criminal.

No momento da confusão, era realizada a oitiva de testemunhas. O réu não chegou a ser interrogado nesta terça-feira, nem havia sido iniciada a fase de debates entre acusação e defesa.

Segundo a assessoria do fórum, o julgamento foi remarcado para o dia 1º de dezembro.

José Arteiro na entrada do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte — Foto: Raquel Freitas/G1

O crime

O crime aconteceu no dia 10 de março de 2010, no apartamento em que a vítima morava, no bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul da capital. Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido após um desentendimento por causa da negociação de um imóvel.

Soraia Figueiredo, que se considera “sobrinha-filha” de Geraldo, conta que o tio havia comprado um apartamento, mas não tinha gostado do imóvel e, por isso, queria adquirir uma outra unidade no mesmo prédio. Segundo ela, para que o corretor Paulo garantisse o novo apartamento no 11º andar, Geraldo, que era servidor público, havia dado um sinal de R$ 45 mil.

Entretanto, de acordo com Soraia, ele não conseguiu vender o apartamento para que comprasse o outro e, então, precisou desfazer o negócio. A sobrinha alega que o dinheiro nunca foi devolvido.

Segundo os argumentos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no processo, o crime teve motivação torpe, já que o réu teria premeditado o assassinato com intenção de pegar um comprovante da negociação no apartamento de Geraldo. Ainda de acordo com a denúncia, o servidor público dormia no momento em que foi morto.

A defesa do réu sustenta que ele é inocente.

*Veja o vídeo da matéria na íntegra, aqui

Por Raquel Freitas, G1 Minas — Belo Horizonte
Fonte: g1.globo.com

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