Juízas aposentadas recorrem ao STF para tentar retorno aos cargos

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Via @midianews.oficial | Três juízas aposentadas compulsoriamente por conta do caso conhecido como "Escândalo da Maçonaria" entraram com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo o retorno aos quadros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Juanita Clait Duarte, Maria Cristina de Oliveira Simões e Graciema Ribeiro de Caravellas querem a extensão da decisão que determinou a reintegração do juiz Antônio Horácio da Silva Neto ao cargo.

A decisão foi dada pelo ministro Nunes Marques no dia 28 de março. Graciema foi a primeira a pedir a extensão da decisão, no dia 30 de março.

Juanita e Maria entraram com o recurso na última sexta-feira (1). Todos os pedidos aguardam decisão de Nunes Marques.

Ao todo, sete juízes e três desembargadores de Mato Grosso foram condenados a aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional e Justiça (CNJ)  em 2010 sob a acusação de desvio de dinheiro público. 

Na decisão que determinou o retorno de Antônio Horácio, Nunes Marques citou que ele foi absolvido de uma ação penal que investigou os mesmos fatos. 

"A par disso, a pena disciplinar aplicada – aposentadoria compulsória –, dada sua natureza e gravidade, compromete sobremaneira o bom nome do magistrado, por ser medida infamante e ensejadora de constrangimento em seu dia a dia", diz trecho da decisão.  

“Escândalo da Maçonaria”

Além de Antônio Horácio, Juanita Clait, Maria Cristina Graciema Caravellas, também foram aposentados aposentados compulsoriamente pelo CNJ os desembargadores Tadeu Cury, José Ferreira Leite e Mariano Travassos e os juízes Marcelo Souza de Barros, Irênio Lima Fernandes e Marco Aurélio dos Reis Ferreira. 

Eles são acusados e terem desviado, entre 2003 e 2005, aproximadamente R$ 1,4 milhão dos cofres da Justiça de Mato Grosso para uma loja maçônica da qual José Ferreira era o grão-mestre.

A descoberta do suposto esquema ocorreu após uma auditoria interna durante a gestão do desembargador aposentado Paulo Lessa e do então corregedor-geral da Justiça, Orlando de Almeida Perri.

Conforme a investigação, o dinheiro chegava à cooperativa de crédito ligada à Maçonaria por meio de magistrados, que receberiam pagamentos do TJ, sob diversas rubricas, com a condição de destinar parte do valor à instituição, que havia entrado em processo de falência.

Thaiza Assunção
Fonte: www.midianews.com.br

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