A informação foi revelada nesta terça-feira (9) pelo delegado Marcelo Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após cumprir os quatro mandados que prenderam dois mandantes do crime, um intermediário e uma pessoa acusada de obstruir as investigações. As prisões são temporárias.
“A vítima era fundadora do sindicato e, junto a um grupo de funcionários descontentes, havia proposto uma ação para destituir a diretoria, após ser descoberto um esquema de desvio de dinheiro”, revelou o delegado.
Carvalho foi morto seis dias antes da audiência. “A morte intimidou, deixou as pessoas com medo. Tanto que desistiram da ação após a morte, a denúncia perdeu força”, apontou.
Os presos devem responder por homicídio qualificado e a audiência de custódia está prevista para esta quarta-feira (10).
A defesa de Adinaor Farias, ex-presidente do sindicato, disse que espera que a Justiça entenda pela soltura dele. Do contrário, entrará com pedido de habeas corpus. Disse que Adinaor é inocente, que sempre se colocou à disposição das investigações e que foi preso indevidamente.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos outros presos nem como o sindicato.
Advogado foi executado a tiros dentro de um carro na manhã desta quarta-feira (4) no entre os bairros Pedregal e Jardim Leblon, em Cuiabá — Foto: Arquivo pessoal
O crime aconteceu no dia 4 de dezembro de 2019. Carvalho e a esposa estavam de carro e pararam em um semáforo no cruzamento entre a Rua Benedito de Camargo com a Avenida Dante Martins de Oliveira, no Jardim Leblon, em Cuiabá.
Uma moto com dois ocupantes emparelhou com o veículo e um dos suspeitos disparou cinco vezes, acertando a vítima na cabeça, pescoço e tórax. A esposa foi atingida por estilhaços.
Ainda conforme o delegado, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, foi descartado desde o início das investigações, já que não havia nenhum objeto de valor no veículo e nada foi levado.
“Imagens, como foi revelado no começo das investigações, mostravam que Carvalho havia sido seguido desde casa até o local do crime”, disse.
A Operação Chapeiros contou com a participação de 30 policiais e equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE).
Por Ianara Garcia e Pedro Mathias, TV Centro América e g1 MT
Fonte: g1.globo.com
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