Via @portalg1 | Duas vítimas do homem que foi preso pela terceira vez se passando por advogado relataram que perderam com o golpe mais de R$ 5 mil, cada uma. As vítimas são de Marechal Deodoro e fizeram boletim de ocorrência.

O falso advogado foi preso pela terceira vez no dia 24 de março. Em outubro, ele foi detido no Fórum Estadual dentro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mas foi liberado.

Uma vítima vítima disse que contratou o golpista para tirar o irmão da prisão. Ela conta que pagou todos os honorários, mas nada foi feito. O prejuízo foi de mais de R$ 5 mil.

"Descobri que ele, na verdade, estava me enganando. Estava pegando o meu dinheiro e usando para outras coisas e o processo do meu irmão estava parado. 'Seu irmão vai ser solto daqui a dois meses, daqui a um mês'. Sempre pedindo dinheiro. Era mil, dois mil. Até quando chegou a esse limite de 5 mil reais", contou a vítima.

Outra vítima contou que contratou o falso advogado para representá-lo em um processo e pagou mais de R$ 6 mil em honorários.

Integrantes da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia da OAB-AL permaneceram na Central de Flagrantes no dia da terceira prisão e acompanham o caso.

O vice-presidente da Comissão, Júlio Sampaio, explicou por que o golpista pode responder por três crimes.

"Ele está sendo indiciado por estelionato, por exercício ilegal da profissão e por falsificação de documento", disse.

Júlio Sampaio disse que o falso advogado foi detido em outubro, mas foi liberado porque nenhuma das vítimas formalizou denúncia.

“O nosso primeiro contato com esse suspeito aconteceu em outubro do ano passado, quando ele foi detido dentro da sala destinado a advogados localizados no Fórum da Justiça Estadual na Ufal. À época, um servidor achou a movimentação no local estranha e acionou a polícia. O suspeito foi detido, mas, como não houve formalização por parte das vítimas, ele acabou sendo solto”, disse Júlio Sampaio.

Segundo a OAB-AL, o falso advogado foi preso pela primeira vez em Marechal Deodoro.

“Nós descobrimos que, além dessa passagem pelo episódio na Ufal, houve uma prisão na cidade de Marechal Deodoro. Lá, ele também atuava como advogado, sem ter nenhum tipo de vinculação com a Ordem, e acabou sendo detido pela primeira vez. Depois, acabou reincidindo na mesma prática”, explica.

O integrante da OAB lembra que é importante que as pessoas que necessitem de um advogado exijam comprovação de vinculação com a Ordem.

“Caso o claro advogado não tenha apresentado, recomendo que se afaste dessa pessoa e que procure a ajuda de algum outro profissional. Caso já tenha valores repassados, procure a polícia ou a própria OAB”, ressalta Júlio Sampaio.

Por g1 AL
Fonte: g1.globo.com