A iniciativa se dá após o parlamentar abordar o episódio de racismo sofrido pelo atleta Vini Jr., do Real Madrid, ocorrido no domingo, 21, em campeonato espanhol.
No Senado, Malta cobrou de associações da causa animal que "defendam os macacos", uma vez que os animais estariam expostos ao serem citados nos xingamentos contra o jogador.
"O macaco é inteligente, é bem pertinho do homem. Única diferença é o rabo. Ágil, valente, alegre. Tudo o que você possa imaginar, ele tem", afirmou o senador, durante uma audiência da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa.
"Eu, se fosse um jogador negro, entrava com uma leitoinha branca nos braços e eu ainda dava um beijo nela. E falava assim: 'Olha como eu não tenho nada contra branco, eu ainda como'."
Documento
Entre os signatários da representação estão os advogados Pierpaolo Cruz Bottini, Igor Tamasauskas, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Sebastiao Tojal, Sergio Renault, Marco Aurélio de Carvalho e Tiago Rocha.
O grupo sustenta que a fala de Magno Malta é incompatível com o decoro parlamentar e abusa das prerrogativas asseguradas aos membros do Congresso.
"Racismo é um ato da maior gravidade. Gracejar com a dor, com a discriminação, não condiz com a dignidade parlamentar, com a estatura do Senado Federal. Um discurso daquele porte merece reprimenda ética e criminal, razão da representação apresentada", disse Pierpaolo Bottini.
O pedido também é assinado por Camila Pitanga, Raí, Cleber Machado, pelo ex-jogador Walter Casagrande Jr., pelo jornalista Juca Kfouri, pelo cofundador da Uneafro Douglas Belchior e outras personalidades.
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