Na época, após a decisão da causa em favor da paciente, a União depositou pouco mais de R$ 18 mil para que fosse adquirido o medicamento Temodal (Temozolamida), prescrito para o tratamento de pessoas com tumor no cérebro. O tipo de tumor da paciente era considerado agressivo pelos médicos.
No entanto, o advogado M.A.B.M. sacou o valor liberado pela União, emitiu notas fiscais falsas para comprovar a compra – que ficou em torno de R$ 16 mil – e ficou com o dinheiro, deixando a paciente sem acesso ao medicamento. A cliente sequer foi avisada da liberação do recurso. Pelos crimes, a Justiça Federal condenou o advogado a 6 anos e 3 meses de prisão, sendo que o início de cumprimento da pena será em regime semiaberto, e ao pagamento de 333 dias-multa. A juíza determinou que o advogado poderá recorrer da decisão em liberdade.
“As circunstâncias do crime não lhe são favoráveis, eis que a apropriação se deu no bojo de processo judicial em que se pleiteia medicamentos para tratamento de câncer cerebral colocando em risco a vida da vítima ante o não fornecimento do medicamento. As consequências do crime são especialmente graves, eis que envolveu apropriação de valor pertencente ao erário e destinado à saúde”, afirma a magistrada na sentença. Apesar da condenação, o advogado ainda está com a inscrição ativa (138.599) na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seção Minas Gerais.
Fonte: @mpf_oficial
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