Faxineira é demitida após comer sobras de sanduíches deixadas em sala de reunião

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Via @revistapegn | Uma empresa de limpeza dos Estados Unidos virou alvo de questionamentos após demitir uma funcionária por consumir um alimento sem permissão. Segundo o Daily Mail, Gabriela Rodriguez, de 39 anos, comeu um sanduíche de atum de £ 1,50 (R$ 9,30) deixado em uma bandeja após uma reunião de profissionais do escritório de advocacia empresarial Devonshires. Por conta disso, foi demitida pela Total Clean, sua empregadora.

O Daily Mail teve acesso à carta que o diretor de operações da empresa, Graham Petersen, escreveu para Rodriguez, após uma audiência disciplinar em 23 de novembro. “Você afirmou que anteriormente o cliente havia deixado comida na cozinha e oferecido, então você achou que estava tudo bem. Achei sua explicação insatisfatória porque você confirmou que ninguém lhe havia oferecido a comida na cozinha, mas decidiu pegá-la mesmo assim”, escreveu o profissional.

“Decidi que a sua conduta resultou numa violação fundamental dos seus termos contratuais, que destrói irrevogavelmente a confiança necessária para continuar a relação de trabalho”, diz o texto. Por fim, ele escreve que ela estava demitida sem direito a aviso prévio ou pagamento compensatório pela falta do aviso.

Natural do Equador, Rodriguez mora no norte de Londres, na Inglaterra, não fala inglês e depende do trabalho para sustentar a filha, de 10 anos. Ela recebeu apoio de um sindicato de trabalhadores migrantes, o United Voices of the World (UVW), que escreveu uma carta em defesa da profissional.

“Havia várias bandejas cheias de sobras de sanduíches que foram colocadas para os funcionários comerem. Gabriela entendeu que ela também tinha permissão para comer essa comida”, diz o comunicado. “Agora entendemos que o privilégio de comer sobras de sanduíches talvez não se estenda à força de trabalho migrante terceirizada no prédio.”

Os ativistas protestaram contra a demissão, marchando em frente aos escritórios de Devonshire segurando 100 latas de atum e 300 sanduíches. O secretário-geral do UVW, Petros Elia, acrescentou: “Os trabalhadores da limpeza são rotineiramente despedidos por motivos triviais e discriminatórios como este todos os dias em todo o país”. Na visão de Elia, o escritório de advocacia não deveria ter reclamado sobre a conduta da profissional.

Em um comunicado, a Total Clean acusou UVW e Gabriela de “informações enganosas e imprecisas”, mas não quis especificar quais. “É importante para nós manter a integridade da nossa força de trabalho e dos nossos serviços, garantindo que lidamos de forma adequada com quaisquer ações que prejudiquem o trabalho árduo e a reputação da nossa incrível equipe, que se comporta de forma impecável."

Um porta-voz da Devonshires alega não ter feito uma queixa formal contra Gabriela e disse expressamente à Total Clean para não fazer nada contra ela.

“A Total Clean realizou sua própria investigação e a decisão de demitir Gabriela foi tomada sem qualquer contribuição ou influência de Devonshires. Este é um assunto privado entre a Total Clean e Gabriela, mas deixamos claro à Total Clean que não nos oporíamos, como nunca fizemos, a que Gabriela comparecesse e trabalhasse nas nossas instalações se a Total Clean mudasse de posição.”

Fonte: @revistapegn

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