A coletiva foi convocada após fuga de dois presos, na quarta-feira (14), da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Eles foram incluídos na lista vermelha da Interpol.
Segundo Lewandowski, há planos de modernizar, a curto prazo, o sistema de videomonitoramento dos cinco presídios federais localizados em Catanduvas (PR), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN).
O ministro da Justiça também destacou a necessidade de aperfeiçoamento no processo de controle dos presídios federais, incluindo a implementação de tecnologia de reconhecimento facial para identificar não apenas os presos, mas também visitantes, advogados, administradores e autoridades. Além disso, Lewandowski mencionou o plano de ampliar os sensores de presença em todos os cinco presídios.
Outra iniciativa mencionada por Lewandowski foi a solicitação de nomeação de 80 policiais federais aprovados em concursos públicos. Ele observou que essa medida está sujeita à aprovação de outro ministério (Gestão e Inovação), mas se for aprovada, resultará no deslocamento imediato dos agentes para Mossoró.
O único ponto considerado "a longo prazo" e "mais desafiador" pelo ministro foi a construção de muralhas ao redor dos presídios federais. Os recursos para essa medida seriam provenientes do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), após um processo de licitação.
Foco na recaptura
Durante a coletiva desta quinta-feira (15), Lewandowski afirmou a maior preocupação da pasta neste momento é com a "recaptura" dos criminosos. Ele ainda classificou a fuga como uma "série de coincidências negativas e casos fortuitos".
Em seu discurso de posse como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski fez questão de ressaltar que uma das suas prioridades à frente da pasta seria desenvolver ações na área da segurança pública, especialmente em relação ao combate do crime organizado. Ele citou que, ao lado da saúde, essa tem sido a principal preocupação da população.
“É escusado dizer que o combate à criminalidade e à violência para ter êxito precisa ir além de uma permanente enérgica repressão policial, demandando a execução de políticas públicas que permitam superar esse verdadeiro apartheid social, que continua segregando boa parte da população brasileira”, discursou Lewandowski durante cerimônia no Palácio do Planalto no início do mês.
Por Gabriela Oliva
Fonte: @otempo
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