VIRAM ESSA? 😱 Os corredores do Departamento de Repressão às Ações Criminosas
Organizadas do Piauí (DRACO), da Polícia Civil do Estado do Piauí (PC/PI), podem
esconder segredos que relembram os anos de chumbo do governo militar na década
de 1970. Um relato de uma família que clama por justiça diante da possível
sessão de tortura seguida da morte de um homem dentro da sede de uma das mais
importantes delegacias especializadas do Estado do Piauí emerge desse contexto
sombrio.
As investigações oficiais não esclareceram a causa da morte do preso custodiado. O delegado responsável pelas investigações concluiu que Herbertt Isaque teve uma morte natural, conclusão esta que a família Rosendo Lima contesta veementemente.
Maria do Desterro, mãe da vítima e professora, passou a investigar o que realmente ocorreu na madrugada em que seu filho, de 25 anos, foi preso em sua residência durante uma operação do Draco que investigava o assassinato da blogueira Samyan Silva em Teresina, no Piauí. Segundo a polícia, Herbertt Isaque estava envolvido na morte da blogueira, que foi baleada na Avenida João XXIII, Zona Leste da cidade, em 1º de outubro de 2023. O caso repercutiu amplamente na mídia local.
A versão policial apresentada indica que Herbertt teria resistido à prisão, chegando a romper duas algemas, apesar de estar se recuperando de uma cirurgia decorrente de um acidente de moto. Após ser levado à sede do Draco, ele passou mal e veio a falecer, conforme indicado pelo delegado Charles Pessoa, Chefe do Draco. No entanto, a família contesta essa versão, enfatizando que a vítima não apresentava problemas de saúde prévios.
Desde o falecimento de Isaque, sua mãe tem procurado as autoridades para obter respostas, mas as explicações oficiais e a cobertura da imprensa local não a satisfizeram, levando-a a investigar por conta própria.
“Se ele morreu de um problema cardíaco, por que as pontas dos seus dedos não estavam roxas, como é comum em mortes cardíacas? Meu filho teve a mandíbula quebrada e duas costelas fraturadas. Desde quando um problema cardíaco quebra costelas?”, comentou Maria do Desterro, visivelmente abalada.
“Como meu filho pode ter morrido do coração se estava todo roxo e com hematomas? Até os testículos estavam inchados. Por que o delegado não incluiu no processo as fotos do meu filho no caixão, todo machucado? Por que não chamaram o DHPP, que deveria investigar primeiro, sabendo que Herbertt estava morto?”, indagou a mãe, desesperada por justiça.
A professora também questiona a discrepância nos registros de tempo relacionados à morte de seu filho e à chamada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que declarou Herbertt morto e deixou a delegacia antes das informações oficiais sobre o horário da morte.
Diante dos fatos, a indignação é palpável. “Mataram meu filho”, declarou Maria do Desterro, determinada a buscar justiça.
A determinação da mãe de Herbertt em desafiar o silêncio e a inércia dos órgãos responsáveis reflete um clamor por justiça que não deve ser ignorado. Este caso reforça a importância do escrutínio público e da accountability em todas as investigações de morte sob custódia policial, garantindo que nenhuma outra família tenha que passar pela mesma angústia e luta enfrentadas pela família Rosendo Lima.
Detalhes da investigação
Nossa equipe obteve acesso exclusivo ao Processo nº 0805147-27.2024.8.18.0140, que originou-se do Inquérito Policial nº 895/DHPP/2024. Este inquérito investiga as circunstâncias da morte de Herbertt Isaque Rosendo Lima dentro da sede do Draco/PI.As investigações oficiais não esclareceram a causa da morte do preso custodiado. O delegado responsável pelas investigações concluiu que Herbertt Isaque teve uma morte natural, conclusão esta que a família Rosendo Lima contesta veementemente.
Maria do Desterro, mãe da vítima e professora, passou a investigar o que realmente ocorreu na madrugada em que seu filho, de 25 anos, foi preso em sua residência durante uma operação do Draco que investigava o assassinato da blogueira Samyan Silva em Teresina, no Piauí. Segundo a polícia, Herbertt Isaque estava envolvido na morte da blogueira, que foi baleada na Avenida João XXIII, Zona Leste da cidade, em 1º de outubro de 2023. O caso repercutiu amplamente na mídia local.
A versão policial apresentada indica que Herbertt teria resistido à prisão, chegando a romper duas algemas, apesar de estar se recuperando de uma cirurgia decorrente de um acidente de moto. Após ser levado à sede do Draco, ele passou mal e veio a falecer, conforme indicado pelo delegado Charles Pessoa, Chefe do Draco. No entanto, a família contesta essa versão, enfatizando que a vítima não apresentava problemas de saúde prévios.
Contradições e questionamentos da família
“É muito estranho essa história. Meu filho não tinha problemas no coração!”, questiona a mãe da vítima, intrigada.Desde o falecimento de Isaque, sua mãe tem procurado as autoridades para obter respostas, mas as explicações oficiais e a cobertura da imprensa local não a satisfizeram, levando-a a investigar por conta própria.
Evidências de violência e apelo por justiça
A professora Maria do Desterro nos mostrou as fotos do corpo de Herbertt com várias lesões, especialmente na cabeça, sugerindo que ele sofreu violência física extrema antes de morrer, possivelmente por asfixia, durante uma sessão de tortura no interior da sede do Draco. Nas imagens, a palidez do rosto e das mãos da vítima apontam para a asfixia como causa da morte.“Se ele morreu de um problema cardíaco, por que as pontas dos seus dedos não estavam roxas, como é comum em mortes cardíacas? Meu filho teve a mandíbula quebrada e duas costelas fraturadas. Desde quando um problema cardíaco quebra costelas?”, comentou Maria do Desterro, visivelmente abalada.
Investigação particular e a busca por transparência
Quando o delegado solicitou o arquivamento do inquérito, a professora recorreu aos meios de comunicação para denunciar o ocorrido. A falta de respostas na mídia piauiense apenas intensificou os questionamentos da mãe, que critica a inação das autoridades.“Como meu filho pode ter morrido do coração se estava todo roxo e com hematomas? Até os testículos estavam inchados. Por que o delegado não incluiu no processo as fotos do meu filho no caixão, todo machucado? Por que não chamaram o DHPP, que deveria investigar primeiro, sabendo que Herbertt estava morto?”, indagou a mãe, desesperada por justiça.
A professora também questiona a discrepância nos registros de tempo relacionados à morte de seu filho e à chamada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que declarou Herbertt morto e deixou a delegacia antes das informações oficiais sobre o horário da morte.
Diante dos fatos, a indignação é palpável. “Mataram meu filho”, declarou Maria do Desterro, determinada a buscar justiça.
Considerações finais
A morte de Herbertt Isaque Rosendo Lima levanta questões profundas sobre a integridade das investigações policiais e a transparência das autoridades no Piauí. Diante das evidências de violência e das contradições entre os relatos oficiais e os achados físicos, a luta da família Rosendo Lima por respostas e justiça transcende o caso individual e chama atenção para a necessidade urgente de reformas no sistema de justiça criminal.A determinação da mãe de Herbertt em desafiar o silêncio e a inércia dos órgãos responsáveis reflete um clamor por justiça que não deve ser ignorado. Este caso reforça a importância do escrutínio público e da accountability em todas as investigações de morte sob custódia policial, garantindo que nenhuma outra família tenha que passar pela mesma angústia e luta enfrentadas pela família Rosendo Lima.
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