O INCVF, que atua em 24 estados do país, prestou apoio imediato à vítima após ter sido procurado por ela. A ação inclui o pedido de medidas protetivas de urgência, com o objetivo de resguardar a segurança e integridade da vítima, conforme as disposições da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003).
Sobre o Caso
Início do relacionamento e manipulações financeiras
Segundo as alegações apresentadas pela vítima na Ação Penal, o relacionamento entre ela e Leniel Borel começou virtualmente, em um grupo de apoio a uma causa judicial de grande repercussão no Brasil. A vítima relatou
que, motivada pela empatia com Leniel, que afirmava ser pai de uma criança
vítima de homicídio, acabou se envolvendo emocionalmente e, posteriormente, foi
alvo de manipulações psicológicas e financeiras por parte do acusado. Durante o
período da relação, a vítima descreveu que Leniel a
“induziu a realizar transferências financeiras para ajudá-lo a arcar com
despesas processuais e projetos pessoais”, totalizando cerca de US$ 60.000. No início, os valores transferidos foram de
US$ 3.000, mas com o tempo, os pedidos financeiros se tornaram cada vez mais
frequentes.
Ainda no contexto do relacionamento, a vítima relatou que
o acusado solicitou que ela financiasse viagens para Orlando, aluguel de uma
casa próxima ao parque da Disney, e a aquisição de um veículo.
“Leniel sempre dizia que precisava de minha ajuda para conseguir dar
continuidade aos projetos em memória do filho”, afirmou a vítima. Além disso, ela declarou ter investido em negócios
sugeridos pelo acusado, como a abertura de uma ONG em homenagem ao filho e uma
loja de motos elétricas. Posteriormente, Leniel também teria solicitado recursos
adicionais para a criação do
Instituto Henry Borel (@henryborelassociacao). Esses investimentos, conforme narrado pela vítima,
“foram todos realizados com recursos próprios”, o que contribuiu para o
agravamento de seu prejuízo financeiro.
Agressões psicológicas e medidas protetivas
Nas declarações prestadas, a vítima mencionou ainda ter sido alvo de agressões psicológicas frequentes. De acordo com seus relatos, Leniel utilizava “frases depreciativas e ofensivas” com o objetivo de desestabilizá-la emocionalmente, aproveitando-se de sua vulnerabilidade e confiança. Em uma ocasião específica, durante uma viagem aos Estados Unidos, a vítima afirma que foi agredida fisicamente pelo acusado em um estacionamento no parque da Disney, “sob olhares de outras pessoas”.Além disso, alega ter sido intimidada a não relatar o ocorrido e que, em seguida, o acusado apagou as mensagens de texto trocadas, para evitar provas do incidente. Foi solicitado, ainda, um exame pericial no aparelho telefônico da vítima, com o objetivo de recuperar mensagens de texto, áudios, fotos e vídeos trocados entre Leniel Borel e a vítima, que, segundo ela, comprovariam todo o alegado sobre o estelionato emocional e a relação amorosa entre ambos. A perícia foi requisitada em conformidade com as normas previstas no Código de Processo Penal.
A vítima afirmou que, após tomar conhecimento da atuação do INCVF - Instituto Nacional de Combate a Violência Famíliar (@incvfoficial) em casos de estelionato amoroso, decidiu buscar auxílio da entidade, que prontamente ofereceu apoio jurídico. O INCVF, que possui atuação em várias frentes de apoio familiar e social, incluindo mulheres, crianças, idosos e outros grupos vulneráveis, ingressou com o pedido de medidas protetivas de urgência. Entre as medidas solicitadas estão o afastamento do acusado, a proibição de qualquer contato com a vítima por qualquer meio de comunicação, e outras providências destinadas a preservar a integridade física e psicológica da vítima. A vítima também requereu a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, considerando sua hipossuficiência financeira no momento.
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