A operação apura vazamento de decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em desdobramento da Operação Sisamnes que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva. Thiago Marcos trabalha no gabinete do procurador Vicente da Silva. O g1 ainda tenta contato com a defesa deles.
Thiago Marcos é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é investigado nessa operação.
Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo STJ. O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.
Em nota, o Ministério Público Estadual (MPTO) afirmou que não teve acesso à decisão que autorizou a operação contra um procurador de Justiça e um assessor, por isso não irá se manifestar neste momento (veja nota completa abaixo).
O g1 pediu posicionamento do governador, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem.
A decisão que autorizou a prisão e as buscas é assinada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF. A operação investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.
Advogado é alvo de operação da Polícia Federal no Tocantins — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Procurador Ricardo Vicente da Silva foi alvo de buscas em operação — Foto: Ronaldo Mitt/MPTO/Divulgação
A investigação começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.
Íntegra da nota do Ministério Público Estadual do Tocantins
O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.
Por Isabela Camargo, GloboNews
Fonte: @portalg1
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