A bomba foi descoberta por uma vigilante do terminal, que notou uma sacola liberando fumaça e acionou a polícia, como mostrou a Banda B à época. “O local escolhido pelo criminoso era uma plataforma movimentada, aumentando o potencial risco de vítimas caso a bomba tivesse explodido. O Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMPR confirmou o risco e realizou uma explosão controlada”, afirmou a Polícia Civil.
As investigações conduzidas pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) apontaram fortes indícios de que o advogados seria o autor do crime. Segundo o delegado Adriano Chohfi, responsável pelo caso, “as provas reunidas demonstram a complexidade e o planejamento do crime, que colocou em risco a vida de dezenas de pessoas. A atuação rápida e integrada das forças de segurança foi fundamental para a identificação do suspeito”.
No dia do crime, o advogado usou capaz e máscara, além de luvas e possivelmente uma peruca. O suspeito é investigado por tentativa de explosão e por colocar em risco a vida e a integridade de pessoas em local de grande circulação.
Com o explosivo foram encontrados papéis com mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas”, “viva o maoísmo” e “viva a guerra popular”. O maoísmo é corrente ideológica inspirada nos princípios revolucionários do líder chinês Mao Tsé-Tung, que defendem a luta armada como meio para alcançar a transformação social.
Planejamento do crime
Para impedir que fosse identificado, o suspeito utilizou um cartão avulso de transporte coletivo, cuja investigação posterior permitiu localizá-lo. Com o auxílio da Urbs (Urbanização de Curitiba) e da Guarda Municipal, os policiais ligaram o suspeito ao crime, inclusive pela descoberta de uma máscara descartada na casa utilizada por ele no bairro Ganchinho, com as mesmas características da usada no terminal.
“A casa mencionada possui forte ligação com o investigado, tendo ele sido visto entrando e saindo do local em diferentes ocasiões, o que leva a crer que o crime pode ter sido planejado ali. Segundo a apuração, o suspeito arquitetou o plano utilizando disfarces, trocas de roupas e rotas alternativas para tentar escapar da identificação pela polícia”, disse a polícia.
Durante as investigações, policiais também analisaram imagens de estabelecimentos comerciais próximos, identificando o uso de transporte público e veículo particular pelo suspeito. Esses elementos levaram à identificação completa do investigado e ao seu endereço no bairro Ahú, distante do local do crime.
Além da prisão preventiva contra o advogado, as investigações identificaram a residência no bairro Ganchinho como possível base para reuniões ou apoio de outros envolvidos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o cumprimento dos mandados.
Fonte: @portalbandab
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