"Não sou contra as pessoas que colecionam, brincam com esses bonecos, mas chegamos ao ponto em que estão pedindo licença-maternidade, assento preferencial no ônibus. É uma questão de saúde mental", diz a parlamentar à coluna.
A proposta prevê que o SUS (Sistema Único de Saúde) ofereça apoio àqueles que desenvolvem uma relação de dependência com o brinquedo, que vem ganhando popularidade no Brasil.
A deputada afirma que é necessário reconhecer o baby reborn como um brinquedo. "As pessoas estão tratando isso como se fosse uma criança de verdade".
Para Rosângela, os "pais" dos bebês de plástico criam nessa relação uma fuga da realidade. "Até as terapias oferecidas com o boneco, para idosos com Alzheimer ou pessoas em luto, precisam ter começo, meio e fim", afirma.
O projeto foi enviado para a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados e, em seguida, deve ser analisado pelas comissões. Rosângela acredita que terá apoio dos colegas.
Segundo ela, vários parlamentares têm apresentado propostas semelhantes. "Algumas até preveem multa caso leis feitas para proteger mulheres — como o atendimento preferencial a mães com bebês de colo — sejam utilizadas em benefício do dono do brinquedo", conclui.
Mônica Bergamo
Fonte: @folhadespaulo
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