O crime aconteceu em julho de 2019. Após esfaquear a tia, Lumar começou abrir o tórax dela ainda viva, arrancou o coração e foi a casa da prima, filha da vítima, para levar o órgão arrancado. Lumar estava internado no Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (Ciaps). Relatório médico feito pela equipe multiprofissional do local em maio do ano passado atestou que o homem estava "apto para alta hospitalar, não necessitando de cuidados intensivos por 24 horas e devendo continuar o tratamento em modalidade ambulatorial com um Centro de Assistência Psicossocial (Caps) de seu município".
Novo relatório, feito em maio deste ano, reiterou que Lumar poderia continuar o tratamento no Caps de Campinápolis, próximo à sua família (pai). Fidelis se baseou nesse relatório para determinar a desinternação do Adauto Botelho.
"A rede de saúde local, notadamente o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Campinápolis/SP, oferece a estrutura necessária para acompanhamento clínico contínuo, aliado à supervisão do responsável legal, no caso, seu genitor, e à obrigação de envio de relatórios periódicos a este Juízo", diz trecho.
"Diante desse cenário, torna-se evidente que a manutenção do paciente em regime de internação não se justifica, mostrando-se adequada, suficiente e proporcional a sua continuidade no regime de acompanhamento ambulatorial intensivo", acrescentou o juiz.
Apesar disso, Lumar deve comparecer mensalmente ao Caps de Campinápolis para o tratamento; não sair da cidade sem autorização; não frequentar lugares inapropriados, como casa de prostituição, jogos, bocas de fumo e locais similares; e também está proibido de ingerir bebidas alcoólicas e fazer uso de qualquer tipo de drogas.
A unidade paulista do Caps deverá apresentar relatório trimestral sobre o paciente pelo período mínimo de um ano. Ao final do período, Lumar será submetido à nova avaliação.
Caso
O brutal assassinato aconteceu em uma residência na rua Rio Negro, no bairro Vila Bela, em Sorriso. Lumar havia ido para Sorriso para morar com a tia Maria Zélia após brigar com a mãe. Segundo testemunhas, a tia não aceitava o fato de o sobrinho ser usuário de drogas.
Para a psiquiatra, que emitiu o primeiro laudo, o réu chegou a contar que tinha medo de ficar na casa tia, pois acreditava que as pessoas queriam lhe roubar as roupas e que haviam câmeras na casa lhe vigiando.
Após desentendimentos com a mulher, Lumar foi morar em uma quitinete ainda em Sorriso. Alguns dias depois voltou para a casa de Maria Zélia e, durante um desentendimento, cometeu o crime.
Em entrevista à jornalistas, ele confessou o crime. Alegou que o "universo" o mandou assassinar a tia. “Matei ela mesmo, não me arrependo de ter matado, ela mereceu morrer", disse à época.
Fonte: rdnews_oficial
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