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@jornaloglobo
| Condenado a oito anos e três meses de prisão por
“discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários”, o
comediante Léo Lins se pronunciou, na noite desta quinta-feira (5). Num vídeo
divulgado na internet, o humorista criticou o embasamento da sentença que
determina sua prisão e o pagamento de uma multa equivalente a 1.170 salários
mínimos (em valores de 2022, data do show “Perturbador”) e uma indenização de R$
303,6 mil por danos morais coletivos.
Lins defendeu-se afirmando que, no palco, interpreta um personagem. E criticou a juíza federal Barbara de Lima Iseppi por citar a Wikipédia na sentença. “E isso não é uma piada”, disse o humorista. No texto, a juíza recorre à enciclopédia colaborativa para discorrer sobre o que é um show de stand up e comentar os recursos cênicos utilizados por Lins. Ela conclui: “não obstante a existência de edição de texto, de figurino, de se encontrar em um palco, parece-nos claro não se tratar de personagem, mas sim da pessoa, o comediante ‘Léo Lins’ quem ali está a proferir os discursos”.
No vídeo, Lins disse que um show de comédia utiliza figuras de linguagem como metáfora, ironia e hipérbole, o que teria sido ignorado pela juíza. Ele afirmou ainda que “estamos vivendo uma das maiores epidemias dos últimos tempos: a da cegueira racional”. “Os julgamentos são feitos puramente baseados em emoção e ninguém mais quer ouvir o próximo, quer no máximo convencê-lo de sua própria verdade. Isso pode trazer consequências gravíssimas no caso de um juiz e de uma juíza”, completou.
“Eu espero que os humoristas, a classe artística e as pessoas em geral entendam a gravidade de uma sentença como essa. Eu sei que muitos estão indignados com a minha condenação. Alguns estão felizes porque é isso que virou a nossa sociedade: um coliseu romano onde cada grupo vibra quando um suposto adversário cai ou é empurrado aos leões. Enquanto a plebe se mata, os imperadores assistem tudo do camarote, invioláveis e intocáveis”, afirmou o humorista.
Lins aproveitou para agradecer o apoio recebido. “Tenho fé que no fim vai dar tudo certo. Se rir virou crime, o silêncio virou regra”, finalizou.
Devido à “grande quantidade de grupos sociais atingidos”, a Justiça optou por aumentar a pena. O fato de as declarações terem ocorrido num “contexto de descontração, diversão ou recreação” foi considerado um agravante.
A sentença, emitida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, afirma que apresentação de Lins estimula “a propagação de violência verbal na sociedade e fomentam a intolerância”. E acrescenta: “a liberdade de expressão não é pretexto para o proferimento de comentários odiosos, preconceituosos e discriminatórios”.
Em nota divulgada na terça-feira (3), a equipe de Lins informou que recorrerá da sentença. “Trata-se de uma decisão grave e sem precedentes, que levanta sérias preocupações sobre os limites da liberdade artística e de expressão no Brasil”, dizia o texto.
Lins defendeu-se afirmando que, no palco, interpreta um personagem. E criticou a juíza federal Barbara de Lima Iseppi por citar a Wikipédia na sentença. “E isso não é uma piada”, disse o humorista. No texto, a juíza recorre à enciclopédia colaborativa para discorrer sobre o que é um show de stand up e comentar os recursos cênicos utilizados por Lins. Ela conclui: “não obstante a existência de edição de texto, de figurino, de se encontrar em um palco, parece-nos claro não se tratar de personagem, mas sim da pessoa, o comediante ‘Léo Lins’ quem ali está a proferir os discursos”.
No vídeo, Lins disse que um show de comédia utiliza figuras de linguagem como metáfora, ironia e hipérbole, o que teria sido ignorado pela juíza. Ele afirmou ainda que “estamos vivendo uma das maiores epidemias dos últimos tempos: a da cegueira racional”. “Os julgamentos são feitos puramente baseados em emoção e ninguém mais quer ouvir o próximo, quer no máximo convencê-lo de sua própria verdade. Isso pode trazer consequências gravíssimas no caso de um juiz e de uma juíza”, completou.
“Eu espero que os humoristas, a classe artística e as pessoas em geral entendam a gravidade de uma sentença como essa. Eu sei que muitos estão indignados com a minha condenação. Alguns estão felizes porque é isso que virou a nossa sociedade: um coliseu romano onde cada grupo vibra quando um suposto adversário cai ou é empurrado aos leões. Enquanto a plebe se mata, os imperadores assistem tudo do camarote, invioláveis e intocáveis”, afirmou o humorista.
Lins aproveitou para agradecer o apoio recebido. “Tenho fé que no fim vai dar tudo certo. Se rir virou crime, o silêncio virou regra”, finalizou.
Entenda o caso
O show “Perturbador”, que levou à condenação de Lins e chegou a ser disponibilizado no YouTube, contém declarações preconceituosas contra negros, obesos, idosos, soropositivos, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.Devido à “grande quantidade de grupos sociais atingidos”, a Justiça optou por aumentar a pena. O fato de as declarações terem ocorrido num “contexto de descontração, diversão ou recreação” foi considerado um agravante.
A sentença, emitida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, afirma que apresentação de Lins estimula “a propagação de violência verbal na sociedade e fomentam a intolerância”. E acrescenta: “a liberdade de expressão não é pretexto para o proferimento de comentários odiosos, preconceituosos e discriminatórios”.
Em nota divulgada na terça-feira (3), a equipe de Lins informou que recorrerá da sentença. “Trata-se de uma decisão grave e sem precedentes, que levanta sérias preocupações sobre os limites da liberdade artística e de expressão no Brasil”, dizia o texto.
O cara que faz piadas das minorias, agora entra para as minorias como um comediante sem graça condenado à prisão pelo crime que comete em seu trabalho. Faça uma piada disto na cadeia!
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