A proposta de emenda parlamentar foi aprovada nesta semana e restringe a ação da justiça contra deputados e senadores, que só poderiam ser presos ou perder o mandado mediante autorização do legislativo e em votação secreta. Nesta quinta-feira (18), o ministro Gilmar Mendes, disse que mesmo se a PEC estivesse em vigor, não mudaria o atual entendimento da Corte.
"Os processos que já estão em curso seguirão o seu rumo. Certamente esse tema virá ao Supremo Tribunal Federal, mas também vamos aguardar. Eu ouço manifestações de alguns senadores dizendo que isso sequer será votado no Senado Federal, de modo que a gente pode estar fazendo aqui uma especulação pouco útil”, afirmou o decano em um evento do tribunal.
Em outro tema que opõe STF e congresso, o presidente da Câmara, Hugo Motta, nomeou o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto de lei da anistia do 8 de Janeiro. A escolha do parlamentar, no entanto, tem a ver com a proximidade dele com o ministro Alexandre de Moraes, um dos maiores opositores ao perdão judicial.
Alvo de críticas da oposição como relator, Paulinho afirma ser contra uma anistia irrestrita, contrariando as expectativas do PL, partido de Bolsonaro "Acho que nós vamos ter que fazer uma coisa pelo meio, talvez não agrade nem a extrema direita, nem a extrema esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara", antecipou o deputado.
Um dia após a aprovação da urgência da anistia, o ministro do Supremo, Flávio Dino, determinou a abertura de inquérito contra Bolsonaro
e três dos seus filhos com base no relatório da CPI da Covid-19. O documento final da comissão apontou indícios de crimes como fraudes em licitações e superfaturamentos, mas o então procurador-geral da República, Augusto Aras, arquivou os pedidos de ação penal.
Saulo Tiossi
Fonte: @cnnbrasil
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