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Flávio Bolsonaro pede investigação contra ex-nora de Lula ao TCU por desvios no MEC

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Via @ndmais | O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acionou o TCU (Tribunal de Contas da União) nesta terça-feira (18), em Brasília, ao protocolar representação que pede investigação sobre supostas irregularidades em contratos do Ministério da Educação (MEC) com a empresa Life Tecnologia Educacional, alegando influência da ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Carla Ariane Trindade.

As informações são de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

O que pede a representação ao TCU

De acordo com o documento apresentado por Flávio Bolsonaro ao TCU, o objetivo é apurar possíveis irregularidades na aplicação de recursos federais no MEC, com indícios de favorecimento indevido à empresa Life Tecnologia Educacional.

O senador sustenta que Carla Ariane teria atuado de forma informal, sem vínculo com a administração pública, mas com acesso privilegiado às dependências do ministério.

A representação solicita a abertura de auditoria para analisar contratos firmados com prefeituras e outros entes vinculados à União, repasses de verbas públicas e eventual interferência externa de pessoas sem cargo público, “notadamente Carla Ariane Trindade”, segundo o texto encaminhado ao tribunal.

Também é pedido que o TCU examine o grau de responsabilidade do ministro da Educação, Camilo Santana, em encontros considerados extraoficiais.

Carla Ariane Trindade é ex-nora de Lula; ela teve um relacionamento com Marcos Cláudio Lula da Silva
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quem é a ex-nora de Lula citada no pedido

Carla Ariane Trindade é ex-mulher de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Lula. Ela foi alvo de operação da Polícia Federal deflagrada em 12 de novembro.

A operação investiga um suposto esquema de desvio de verbas da Educação em municípios do interior de São Paulo, envolvendo contratos da Life Tecnologia Educacional e fornecimento de equipamentos a prefeituras.

Carla Ariane Trindade (foto à esq.) e Marcos Cláudio Lula (à dir.)
Foto: Reprodução/ND Mais

Na mesma operação, segundo a representação de Flávio Bolsonaro, agentes da PF teriam sido recebidos pelo próprio Marcos Cláudio na residência de Carla durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.

Para o senador, o episódio demonstraria a permanência de laços de proximidade entre a ex-nora e a família do presidente, o que, na visão dele, reforça a necessidade de esclarecer influências políticas sobre os contratos do MEC.

Encontro com Camilo Santana e distorções apontadas no MEC

O pedido ao TCU menciona ainda uma reunião em 12 de julho de 2024 entre Carla Ariane e o ministro Camilo Santana, no gabinete do MEC, encontro que não constou da agenda oficial, mas foi registrado na portaria do ministério, conforme informação obtida via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Ministro da Educação, Camilo Santana
Foto: Fotográfo/Agência Brasil/ND

Na descrição de entrada, segundo reportagens sobre o caso, o nome de Carla aparece vinculado apenas a “Presidente Lula”, embora ela não ocupe cargo no governo.

O encontro é citado por Flávio Bolsonaro como indício de possível acesso privilegiado a decisões e contratos na área de Educação.

A representação também destaca uma distorção de R$ 2,7 bilhões nas contas do MEC em 2023, apontada em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).

Para o senador, esse dado, somado às suspeitas sobre a Life Tecnologia Educacional e à atuação de pessoas próximas ao núcleo familiar do presidente, justificaria um pente-fino do TCU nos contratos sob análise.

Até o momento, cabe ao TCU decidir se acolhe o pedido e abre auditoria específica sobre os contratos e os supostos episódios de favorecimento.

Eventuais responsabilizações dependerão das conclusões da Corte de Contas e de desdobramentos em outras instâncias de controle e investigação.

Com informações de Paulo Cappeli, Metrópoles

Renato Becker
Fonte: @ndmais

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