Segundo a Polícia Civil, Isaque César Ribeiro Lovato cobrava mais de R$ 5 mil por serviços jurídicos que não podia oferecer.
A delegada Yasmin Neves Fassarella informou que as investigações começaram em novembro e apontaram que o suspeito usava um número falso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele chegou a cursar Direito, mas não concluiu a faculdade.
De acordo com a Polícia Civil, Isaque produzia procurações como se fosse advogado, alterava decisões judiciais e enviava documentos falsificados às vítimas. Ele também teria falsificado assinaturas do presidente e da vice-presidente da 6ª Subseção da OAB-ES em um suposto convite para uma solenidade que nunca existiu.
As investigações mostram que o suspeito atendia clientes em um escritório no Centro de Guaçuí. As vítimas relataram que ele se recusava a devolver documentos e dizia que pagaria o valor recebido.
Além das denúncias na Delegacia de Guaçuí, outras vítimas procuraram a OAB no município. A Justiça autorizou buscas e apreensões na casa do suspeito, onde foram encontradas 30 procurações falsas, um RG, cópias de documentos e notas promissórias que venceriam até 2026.
Isaque vai responder por estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. O g1 tentou contato com a defesa dele, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Isaque César Ribeiro é suspeito de se passar por advogado e atender clientes sem ter formação na área, em Guaçuí, Espírito Santo — Foto: Polícia Civil-ES/Divulgação
O que diz a OAB-ES
O presidente da 6ª Subseção da OAB-ES, Luiz Bernard Moulin, afirmou que tomou conhecimento do caso após as denúncias das vítimas.
A entidade acionou a Polícia Civil e representou contra o suspeito. Ele destacou que eventuais advogados envolvidos podem enfrentar processos disciplinares e reforçou que denúncias podem ser feitas pelo telefone (28) 3553-2737.
Fonte: @portalg1

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