Juiz que foi condenado por estelionato, corrupção e outros crimes é preso

bit.ly/2S9KX7y | O juiz André Rui de Andrade Albuquerque, de 59 anos, foi preso nesta quarta-feira (10), após ser condenado pela Justiça de Pernambuco, em segunda instância, pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e particulares, corrupção e falsidade ideológica.

A prisão foi realizada pela Delegacia Interestadual e Capturas (Polinter), do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil. O magistrado aposentado foi preso em seu escritório, por volta das 11h, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O delegado Paulo Furtado coordenou a ação.

Segundo a Polícia Civil, ele vendia sentenças e praticava fraudes, em conluio com advogados, oficiais de Justiça e empresários, quando atuava na 1ª Vara Cível de Jaboatão. O TJPE informou que ele foi condenado a 17 anos de prisão e 300 dias-multa pela 3ª Vara Criminal de Jaboatão.

Um dia de multa equivale a dois salários mínimos da época em que ocorreram as irregularidades, o que, no período, era de R$ 260. A Polícia Civil ainda informou que André Rui foi levado ao Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Ele não tem direito a prisão especial e cumpre pena no regime fechado. Um juiz deve indicar para qual presídio ele será levado. A decisão se deu em trânsito em julgado, sem a possibilidade de recurso, em 20 de junho de 2019.

André Rui foi o primeiro juiz a ser aposentado compulsoriamente (de forma obrigatória) pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em 2007, depois de ser preso na Operação Mãos Dadas, do próprio tribunal com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Ele foi acusado de falsificar sentenças para facilitar um golpe de R$ 990 mil, em 2004, contra um aposentado que tinha a fortuna disputada por herdeiros.

A reportagem entrou em contato com a defesa de André Rui. O advogado João Olímpio Mendonça informou que, por se tratar de um processo que já dura mais de uma década, precisaria se inteirar do caso para poder se pronunciar.

Fonte: g1 globo

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