Desembargador dá bronca em advogado e faz comparação com Jesus Cristo

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bit.ly/2nCMOXr | O desembargador Camilo Léllis dos Santos Almeida, presidente da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu uma bronca daquelas em um advogado identificado como Moises. Durante uma sustentação oral – momento no qual o profissional do direito se dirige aos julgadores e procuradores -, ocorrida na última terça-feira (24), Moises saudou primeiro os membros do Ministério Público e, depois, os magistrados. Na fala, ele disse que o julgamento de Cristo é tido como o maior erro do Judiciário, mas que os homens são passíveis de falha.

Tribunal de Justiça  (Ciete Silvério/Folhapress/Divulgação)

Antes de abrir o pronunciamento para os procuradores, Léllis deu um “pito” no advogado e disse que primeiro ele deveria cumprimentar Jesus Cristo para, depois, se dirigir aos discípulos, não o contrário. A sessão, pública e aberta, estava cheia e foi vista por um advogado que pediu para não ser identificado. “O desembargador foi bastante irônico. Apesar de ser praxe cumprimentar os juízes em primeiro lugar, o advogado faz do jeito que bem entender. Foi o maior constrangimento para o rapaz, que parecia inexperiente”, afirma.

Em nota, o desembargador afirma que não teve a intenção de se comparar a Jesus, apenas usou a mesma figura de linguagem de Moises.

Confira a nota na íntegra:

“A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, em razão da indagação feita pelo repórter da revista Veja São Paulo, esclarece que na sessão da 4ª Câmara de Direito Criminal, realizada hoje (25*), não houve bronca do desembargador Camilo Léllis em um advogado que fez sustentação oral. Segundo o desembargador, não há de se falar em qualquer tipo de comparação, depreciação ou exaltação aos integrantes da Câmara de Julgamento ou a integrantes do Ministério Público. Por se tratar de advogado novo – e talvez levado pelo nervosismo da oralidade –, na hora dos cumprimentos, o advogado não se dirigiu aos desembargadores integrantes da Corte, fato corriqueiro nas muitas sessões de julgamento que ocorrem todos os dias no Tribunal de Justiça. A título de orientação, o desembargador Camilo Léllis, que sempre trata a todos com respeito e educação, usou a mesma figura utilizada pelo advogado em sua explanação para direcioná-lo à mesa julgadora em uma próxima ocasião. Em nenhum momento o magistrado pretendeu se comparar a Jesus e se escusa caso tenha passado essa impressão ao repórter.”

* O fato ocorreu dia 24, não no dia 25, como diz a nota.

Por Sérgio Quintella
Fonte: vejasp.abril.com.br

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