Advogado de Goiás que defendia membros de facções criminosas é achado morto no RJ

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bit.ly/38zYMnf | O advogado de Goiás Emerson Thadeu Vita Ferreira, de 43 anos, foi encontrado morto em um apartamento do Rio de Janeiro. O profissional já atuou na defesa de membros de facções criminosas e chegou a ser preso por suspeita de envolvimento em um esquema de sumiço de processos judiciais por meio de assinaturas falsificadas. Também por essa relação, já tinha sido ameaçado de morte.

Ainda não há informações sobre causa e motivação da morte. O corpo dele foi encontrado no último domingo (16).

Sobre o ocorrido, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) emitiu o seguinte comunicado:

"A OAB-GO foi informada do ocorrido e acompanha o caso. Lamenta o falecimento, aguarda as investigações da polícia fluminense e entende que fazer qualquer pronunciamento a respeito do ocorrido é prematuro neste momento".

A entidade informou ainda que a esposa de Emerson também confirmou o óbito.

Prisão e elo com facções

Emerson foi preso em 3 de abril do ano passado, durante a deflagração da Operação Antídoto. A ação apurava um esquema de venda de sentença, sumiços de processos judiciais e falsificação de assinaturas. Ele teria ainda ajudado na fuga da cadeia de um dos líderes da facção. Além dele, o ex-assessor de um juiz goiano também foi detido. Ele foi solto alguns dias depois.

Na ocasião, a polícia informou que a vida de luxo e ostentação de Emerson - que não condizia com seus rendimentos - foi elemento essencial para a corporação descobrir o esquema.

As investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apontam que ambos vinham realizando viagens caras, além de possuir carros de luxo e um deles, inclusive, uma mansão em um condomínio de luxo na capital.

Na ocasião, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que Emerson começou advogando para os presos da facção criminosa e acabou ingressando no esquema.

“Ele era um dos líderes da facção. Começou advogando para os presos e acabou se envolvendo com a cúpula, trabalhando, inclusive, em atos de corrupção dentro do 2º escalão do Poder Judiciário, onde ele teve uma correlação com um ex-assessor da justiça, que acabava facilitando o trabalho dele e falsificando documentos, vazando informações de interesse da facção criminosa”, afirmou.

Menos de dois anos antes, em abril de 2017, o advogado foi alvo de uma tentativa de homicídio, justamente por sua relação próxima com membros de uma facção criminosa. Quatro pessoas foram presas suspeitas do crime.

Por Sílvio Túlio, G1 GO
Fonte: g1.globo.com

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