Juíza de Juiz de Fora será a primeira brasileira a presidir Tribunal de Apelações da ONU

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bit.ly/2L9T98l | A juíza de Juiz de Fora, Martha Halfeld, será a primeira brasileira a presidir o Tribunal de Apelações da Organização das Nações Unidas (ONU). O mandato dela começa no dia 1° de janeiro de 2021, com validade de um ano.

Em entrevista à TV Integração, a magistrada contou como foi o início da carreira. "Minha mãe é advogada, sempre foi procuradora do município. Cresci ouvindo ela discutir assuntos jurídicos com meu pai, que era engenheiro", explicou.

Conforme Martha Halfeld, ela sempre gostou de argumentar. "Meu pai fala que dos filhos, eu fui a que mais dei trabalho em termo de argumentação. Então, acho que foi natural e eu nunca tive dúvidas de que queria Direito".

Sobre ser a primeira brasileira a comandar o Tribunal de Apelações da Organização das Nações Unidas, a juíza contou que foi uma satisfação pessoal.

"Representa que meus colegas acreditam no meu trabalho, confiam na potencialidade e credibilidade. Ao mesmo tempo, é uma grande responsabilidade porque é uma função de representação do Tribunal, não só internamente perante a organização em si, mas acompanhar relatórios, representar o Tribunal no Comitê da ONU, reuniões de servidores, mas uma representação externa diante a outros Tribunais Internacionais", finalizou.

Martha Halfeld e Ban Ki-moon — Foto: TV Integração/Reprodução

Martha Halfeld

Martha Halfeld, de 51 anos, cursou Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na década de 1990. Aos 18 anos, começou a trabalhar na Justiça do Trabalho após passar em um concurso. Morou dois anos na França, onde fez mestrado e doutorado em uma instituição pública do país. Ingressou na entidade em 2015 como juíza.

Tribunal de Apelação

O Tribunal de Apelação da ONU tem como atribuição julgar, em segunda instância, causas trabalhistas e administrativas que envolvem funcionários e colaboradores da entidade.

O sistema foi concebido para tornar mais transparente, independente e profissional a administração de Justiça da Organização das Nações Unidas, além de atender os quadros da instituição, que não se submetem à Justiça de nenhum país.

Por MG1
Fonte: g1.globo.com

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