“Para demonstrar que se está diante de um ato ínfimo que não merece apenamento, citam-se os seguintes exemplos, de dias atrás, em um grupo de conversas também de WhatsApp, de juízes, desembargadores e ministros”, escreveu a magistrada em sua defesa à corte em uma das etapas do processo, sem citar nomes.
Duas imagens foram apresentadas pela juíza, mas não é possível saber o autor ou o grupo em que foram enviadas.
As imagens contêm xingamentos: "Agora f... mesmo" e "P... que pariu" — esta última fazendo um trocadilho com o personagem Ursinho Pooh.
A juíza foi acusada na Corregedoria do TRT-1 de dispensar uma perita judicial por WhatsApp com termos chulos.
Entre as mensagens estão "Pensamento é igual a c... — cada um tem o seu", "Façam print, enfiem em lugares impublicáveis" e uma alusão aos genitais do marido: "Dominada, você desculpe o vocábulo, por uma p... fantástica".
Remédios ainda reclamou à perita por ter recebido um "tratamento diferente de alguém que é juíza, pós graduada, ilibada, até elogiada".
O julgamento de seu processo disciplinar foi paralisado em dezembro e deve voltar à pauta em fevereiro, segundo o tribunal.
O MP do Trabalho, a relatora do caso e outros 24 desembargadores defenderam a punição de censura.
Outros 24 votos são esperados.
A magistrada afirmou que as mensagens aconteceram em um ambiente privado e que foram exercício da liberdade de expressão.
O TRT afirmou que não pode fornecer detalhes desses processos.
Por Eduardo Barretto
Fonte: epoca.globo.com
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