Todas as ações ingressadas no Juizado Especial da Zona Norte pelo advogado eram contra um banco. Durante a investigação, a 7ª DP identificou que os clientes ouvidos não sabiam que os comprovantes de residência estavam com dados falsos.
"Em alguns casos, a mesma pessoa assinava uma declaração de residência para duas ou três pessoas que não conhecia. Algumas alegaram que nem se lembravam de terem assinado o documento, apesar de reconhecerem a assinatura”, explicou o delegado Leonardo Fabrício, que conduziu a investigação.
Delegado Leonardo Fabrício, da 7ª DP — Foto: Polícia Civil/Divulgação
A apuração do caso iniciou em 2017 e o indiciamento foi concluído na terça-feira (2). Ele responde em liberdade e confessou a prática alegando "displicência por ser novo na advocacia".
A Polícia completou que os depoimentos dos clientes indicavam que o advogado os orientava à mudança de endereço justificando que o Juizado da Zona Norte dava mais rapidez às ações protocoladas.
“O advogado negou que tenha dito aos seus clientes que as ações ajuizadas no Juizado Norte traria algum benefício. Além disso, alguns clientes assinavam folhas em branco no escritório do advogado, na ausência do mesmo", acrescentou o delegado.
Essas assinaturas, posteriormente, eram usadas para a inserção do falso local de residência.
"O advogado orientava o estagiário a preencher essas folhas com endereços da Zona Norte de Macapá quando faltava o comprovante de residência do autor para o ajuizamento da ação”, finalizou o delegado.
Fonte: g1.globo.com
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