Juíza sofre ameaças após insatisfação em decisões judiciais

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A juíza Karina Miguel Sobral que atuava na comarca de Guajará-Mirim (RO) foi ameaçada por pessoas que, insatisfeitas com as decisões judiciais, procuram coagir a magistrada. A informação foi confirmada nesta semana pela Associação dos Magistrados de Rondônia (Ameron).

A juíza teve ameaçada inclusive sua integridade física. A Ameron cobrou providências junto às instituições do Estado que são responsáveis pela segurança pública, para "a apuração e a punição dos responsáveis".

Em nota, a Associação ainda destacou que repudia toda tentativa de intimidação, de qualquer intensidade, que tenha como objetivo coibir o exercício da judicatura rondoniense e, igualmente, condena qualquer ação que apresente riscos aos magistrados.

"Entendemos essa ameaça como uma ação criminosa, sendo dirigida não somente à magistrada, como também ao Poder Judiciário que ela representava naquela comarca", consta na nota.

A Rede Amazônica entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), que não informou os detalhes da situação por se tratar de assunto pessoal da juíza.

Leia íntegra da nota divulgada pela Ameron:

A Associação dos Magistrados de Rondônia (Ameron) vem a público manifestar solidariedade à juíza Karina Miguel Sobral, que atuava na comarca de Guajará-Mirim, em face das ameaças que tem recebido. A Ameron repudia toda tentativa de intimidação, de qualquer intensidade, que tenha como objetivo coibir o exercício da judicatura rondoniense notoriamente reconhecida como forte, pujante e independente e, igualmente, condena qualquer ação que apresente riscos inerentes à integridade física de qualquer de seus magistrados.

Entendemos essa ameaça como uma ação criminosa, sendo dirigida não somente à magistrada, como também ao Poder Judiciário que ela representava naquela comarca. Ações desta natureza devem ser combatidas de maneira intolerante, uma vez que o Poder Judiciário tem como premissa a não violência e a imposição rigorosa de meios e formas legais para solucionar os conflitos sociais.

A Ameron repudia o ato criminoso, oriundo de pessoas que, insatisfeitas com as decisões judiciais, procuram coagir ou silenciar seus legítimos representantes mediante atitudes que atentam contra o Estado Democrático de Direito, pois a violência contra a magistratura se constitui como um crime que atinge diretamente o Poder Judiciário.

Esta Associação, porta-voz dos seus associados, sempre assegurará a todos os cidadãos rondonienses que os magistrados deste Estado jamais vão recuar e tampouco se acovardar diante de qualquer ação ameaçadora ou agressiva dirigida contra um Juiz ou Desembargador. Estes sempre continuarão a exercer as funções do seu cargo e a cumprir a missão em pacificar os conflitos sociais de maneira justa, célere e equilibrada, tomando como base a Constituição Federal e as leis do país.

A Ameron requer a adoção imediata de todas as providências junto às instituições deste Estado que são responsáveis pela segurança pública, para a apuração e a punição exemplar dos responsáveis por este ato deplorável.

Porto Velho, 22 de junho de 2021
Euma Mendonça Tourinho
Presidente da Ameron

Por Rede Amazônica
Fonte: g1.globo.com

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