MPRJ denuncia Dr. Jairinho por estupro e violência doméstica contra ex-namorada

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Via @cnnbrasil | O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou novamente à justiça o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior por lesão corporal. Dr. Jairinho é acusado de estupro e violência doméstica contra a ex-namorada entre 2014 e 2020. Ele é investigado em pelo menos quatro casos de lesão corporal, sendo um deles a morte do menino Henry Borel, de 4 anos. 

A denúncia divulgada nesta terça-feira (20) aponta que Dr. Jairinho drogou e praticou, sem consentimento da vítima, atos sexuais em outubro de 2015. Já no ano seguinte, o documento aponta que o ex-vereador agrediu fisicamente a então namorada, causando uma fratura no pé da vítima.  

“O ex-vereador é denunciado pelos crimes estupro, lesão leve, lesão grave, vias de fato e lesão na modalidade de danos à saúde emocional cometidos contra uma ex-namorada durante o período em que se relacionavam, entre os anos de 2014 e 2020. os fatos tiveram como pressuposto motivação de gênero ou situação de vulnerabilidade”, diz um trecho da denúncia.  

O MPRJ já denunciou o ex-vereador pela agressão e tortura de pelo menos três crianças, filhos de ex-namoradas de Jairo na época. Em uma delas, Dr. Jairinho sufocou uma das crianças. Em um determinado episódio, o menino teve grave fratura de fêmur, ao tentar fugir do carro do vereador após vomitar no veículo, por medo. 

Jairo Souza Santos Junior está preso atualmente pela morte de outra criança, o menino Henry Borel, de 4 anos, no dia 8 de março. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado nesta ação - motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima. A mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, também é investigada pelo envolvimento na morte da criança.   

Prisão mantida

O juiz Daniel Werneck Cotta, do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, negou os requerimentos de relaxamento e revogação de prisões feitos pelas defesas de Monique Medeiros e do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho, e manteve o casal preso preventivamente.

Na decisão, o magistrado alegou que as circunstâncias dos crimes e homicídio triplamente qualificados e tortura praticados contra Henry, além da fraude processual e tentativa de coação no curso do processo, evidenciaram a “gravidade concreta”, o que exige a manutenção da medida restritiva de liberdade do casal para poder garantir a ordem pública e assegurar o curso do processo criminal sem interferência. 

No despacho, o juiz Daniel Werneck também argumentou a necessidade de Monique e Jairinho serem mantidos presos: “As imputações destacadas sugerem, ainda, a vontade de não se submeter à persecução criminal, evidenciando contrariedade à eventual aplicação da lei penal, que também deve ser assegurada pela prisão preventiva. Nesse ponto, como anteriormente destacado, importante rememorar que os réus, no momento de cumprimento dos mandados de prisão temporária expedidos, foram localizados em endereço diverso daquele por eles fornecido às autoridades”, destacou o juiz. 

A CNN entrou em contato com a defesa de Dr. Jairinho, mas ainda não teve retorno.

Lucas Janone, da CNN, no Rio de Janeiro
Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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