Suzane conseguiu entrar na instituição de ensino através da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo informações do portal G1, as aulas são ministradas no período noturno. Segundo a autorização da Justiça, ela deve começar a frequentar as aulas imediatamente, pois o período letivo já foi iniciado.
A princípio, o Ministério Público teria dado parecer contrário à decisão, tendo em vista que a segurança da detenta não poderia ser garantida. A decisão da Justiça, no entanto, declara que Suzane cumpre todos os requisitos para iniciar os estudos. Em nota ao portal G1, a faculdade Anhanguera declarou que "a matrícula da aluna foi autorizada pela Justiça e esclarece que oferece a todos tratamento igual, conforme determina a legislação brasileira”.
Suzane cumpre pena em regime semiaberto na P1 de Tremembé. Ela obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015. A detenta pode deixar a unidade para trabalhar ou estudar, também precisando de autorização da Justiça.
Essa não é a primeira investida de Suzane no ensino superior. Em 2016, tentou frequentar as aulas do curso de Administração em uma universidade particular. Com medo do assédio fora da prisão, ela pediu à Justiça para fazer o curso online. Por falta de recursos tecnológicos no presídio, o pedido foi negado. Em 2017, foi aprovada novamente em Administração, também em uma instituição de Taubaté. Ela foi contemplada com o financiamento do Fies, mas não chegou a concluir a matrícula.
No ano passado, Suzane foi aprovada pelo Sisu, ainda, no curso de Gestão de Turismo , no Instituto Federal de Campos do Jordão (SP). Apesar de ter se matriculado, não chegou a cursar as aulas por não ter sido autorizada pela Justiça para deixar o cárcere.
Autor Lara Vieira
Fonte: www.opovo.com.br
Postar um comentário
Agradecemos pelo seu comentário!