Na casa dele, no Riacho Fundo II, os policiais encontraram mais de 2.000 arquivos relacionados a pedofilia armazenados em um notebook e no celular do servidor público. De acordo com a Polícia Civil, os arquivos de fotos e vídeos continham imagens de incitação ao sexo e estupro de crianças e adolescentes. Ele admitiu aos investigadores que baixava os materiais havia pelo menos dois anos.
Preso em flagrante, Rafael da Silva pagou fiança de R$ 15 mil e foi liberado para responder ao processo em liberdade. O inquérito que apura os crimes foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público.
Rafael tem 31 anos e é servidor do Senado desde 2014. Na Casa, ele ocupa o cargo de técnico legislativo especializado em administração. Após a operação policial, também foi aberto um processo administrativo contra ele que o afastou das atividades por 60 dias, sem prejuízo financeiro. A previsão é que ele volte ao trabalho no dia 28 de março.
O Código Penal prevê que servidores condenados com pena em regime fechado superior a quatro anos de prisão sejam automaticamente punidos com a perda do cargo. O R7 procurou o Senado na manhã desta terça-feira (15) para esclarecer o caso e ainda aguarda a resposta. A defesa do servidor também não foi localizada pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Operação Downloader
Rafael foi preso no âmbito da Operação Downloader 2, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal em 26 de janeiro. O mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça do DF, foi cumprido na casa do indiciado, no Riacho Fundo II.Os eletrônicos usados pelo servidor, um celular e um notebook, foram apreendidos para perícia. Se condenado pelo armazenamento do conteúdo, ele poderá cumprir quatro anos de prisão. Peritos da Polícia Civil ainda trabalham no laudo, que deve apontar se o conteúdo também foi compartilhado. Nesse caso, a punição será agravada se ficar comprovado que o servidor distribuía as imagens. Cada compartilhamento pode somar mais seis anos à pena. Assim, Rafael poderá perder o cargo de servidor público.
O caso foi investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos e contou com o apoio do Instituto de Criminalística e da Divisão de Inteligência Policial da Polícia Civil do DF.
Hellen Leite, do R7, em Brasília
Fonte: noticias.r7.com
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