Criminosos usam nome de servidores do Judiciário e de advogados para dar 'golpe dos precatórios', alerta TJPE

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Via @portalg1 | Criminosos estão usando nomes de servidores do Judiciário e de advogados para aplicar golpes envolvendo pagamentos de precatórios. O alerta foi feito nesta sexta (30) pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A Polícia Civil informou que investiga casos.

Segundo o tribunal, os alvos são a autores de processos de poderes Executivos municipal, estadual e federal que têm direito a receber alguma quantia em dinheiro.

Precatórios são dívidas do governo com sentença judicial definitiva. Elas podem ter relação com questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder público seja o derrotado.

Nas redes sociais, o TJPE afirmou que não está entrando em contato para tratar de suposta existência de créditos oriundos de precatórios.

"É mais um golpe para angariar recursos financeiros dos menos avisados. As autoridades competentes já foram acionadas", diz o alerta.

O TJPE afirmou que o “golpe dos precatórios” é do tipo conhecido como “engenharia social”. Isso significa que, para “funcionar”, é necessário que a vítima seja induzida e aceite as "propostas" feitas pelos criminosos.

Ainda segundo o tribunal, o golpe que está sendo aplicado é considerado uma variação de um crime praticado pela WhatsApp, em que a pessoa abordada é induzida a fazer um depósito ou Pix para o golpista.

No caso do “golpe dos precatórios”, o estelionatário se passa, no geral, por alguém que conhece detalhes da ação que foi movida pela vítima, como o nome do advogado e o número do processo, por exemplo.

O TJPE alerta que os contatos são feitos por meio de carta, e-mail, mensagem de SMS ou WhatsApp, por diferentes integrantes das quadrilhas.

Assim, os grupos criminosos conseguem simular a existência de uma equipe do escritório ou empresa.

"O motivo da conversa é sempre uma novidade sobre o pagamento dos valores devidos com o ganho da causa”, informou o tribunal, em um comunicado.

De acordo como tribunal, os criminosos dizem para a vítima que “o dinheiro está para ser liberado, porque houve uma antecipação no pagamento”.

No entanto, existe “alguma pendência” e que essa pessoa “precisa resolver com certa urgência”. Nesse momento, o estelionatário pede que sejam repassadas informações bancárias ou quantias em dinheiro.

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que há casos sendo investigados pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos.

A corporação orienta que possíveis vítimas devem procurar delegacia para prestar depoimento. “Mais detalhes não podem ser fornecidos no momento”, afirmou.

No alerta, o TJPE lembrou que outros golpes foram aplicados envolvendo aposentados. Os criminosos tinham como alvos pessoas interessadas em empréstimos consignados.

Explicação

O Tribunal de Justiça de Pernambuco explicou como atua no pagamento de precatórios. Informou que regulamenta a vinculação de depósitos judiciais e outros recursos financeiros do Judiciário estadual ao Banco do Brasil.

Os valores devem ser recolhidos pode meio da expedição de guia de depósito judicial, no site do Banco do Brasil. Ele pode ser pago em toda rede bancária do país, até a data do vencimento.

O TJPE alerta que é preciso observar a ordem cronológica de inscrição do precatório. “Os cidadãos são informados de valores de precatórios a receber através da intimação dos advogados das partes, os que têm procuração nos autos”, informou o comunicado do tribunal.

Por g1 PE
Fonte: g1.globo.com

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