A expressão Xandaquistão remete a “Xandão“, alcunha usada por militantes políticos, para citar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Até às 12h30 desta segunda-feira (14/11), ainda era possível encontrar o Xandaquistão nas buscas feitas no Maps. O local é classificado como uma suposta repartição pública.
Desde 2015, os usuários podem sugerir a inclusão de novos locais no Google Maps. A proposta do serviço é manter os mapas sempre atualizados. Mas, neste caso, a informação adicionada à plataforma é falsa.
A conduta de Moraes na condução das eleições deste ano e em processos, como a caso das Fake News, tem sido alvo de críticas e ataques constantes do bolsonarismo.
O Xandaquistão pode ser visualizado ao lado do TSE pelo Google Maps
Reprodução / Google Maps
Ataques
Nesta segunda-feira, no painel “Brasil e o respeito à liberdade e à democracia” no evento Lide Brazil Conference, em Nova York (EUA), Moraes afirmou que houve um ataque à democracia, sob o manto da liberdade de expressão.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) questionam o resultado das eleição e começaram a fazer uma onda de protestos em diversas partes do Brasil. No DF, os grupos que não concordam com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) montaram acampamento no Setor Militar Urbano em 1º de novembro e seguem no local, sem data para se desmobilizarem.
O Metrópoles entrou em contato com o Google e, segundo a empresa, o serviço busca remover “imprecisões” o mais rápido possível.
A empresa ainda afirmou que incentiva denúncias contra esse tipo de conteúdo. Além disso, argumentou que usuários que violem reiteradamente as políticas do serviço podem ser proibidos de sugerir alterações.
Segundo o Google, a informação errada não está mais presente no aplicativo.
Leia a nota na íntegra:
“O objetivo do Google Maps é fornecer informações precisas e úteis sobre lugares ao redor do mundo. Consultamos uma variedade de fontes para determinar o nome de um lugar ou um recurso na plataforma. A contribuição dos usuários ajuda as pessoas a basear suas decisões sobre onde ir e o que fazer num mundo em constante mudança. Quando há imprecisões, nós trabalhamos para removê-las o mais rápido possível. Além disso, nós trabalhamos continuamente para identificar e remover conteúdos que violam nossas políticas e incentivamos as pessoas a denunciarem esses conteúdos, para que possamos revisar e agir quando necessário. Usuários que reiteradamente violem nossas políticas podem ser proibidos de sugerir alterações no Google Maps”.
TSE e STF
A reportagem tentou contato com o TSE e o STF sobre a questão. As duas instituições preferiram não comentar o caso.
Alan Rios, Francisco Dutra
Fonte: www.metropoles.com
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