Além do vídeo, foram encontrados materiais audiovisuais em que o juiz aparece agindo de forma violenta com outras mulheres. A decisão foi proposta pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, relator da reclamação.
Na avaliação de Salomão, a apuração conjunta do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e do CNJ vai permitir o cruzamento de informações para melhor compreensão dos fatos. "Ainda pendem perícias e oitivas. É importante que tomemos a iniciativa de continuar a apuração da extensão de todos os fatos que envolvem esse magistrado", observou o ministro durante a 5ª Sessão Ordinária de 2023 do CNJ.
Para ele, é fundamental a manifestação do CNJ no caso, diante da gravidade dos fatos apresentados pelo TJ-SP. "Caso sejam confirmadas, além de criminosas, as circunstâncias revelam desvios de conduta do requerido que atentam contra os valores éticos do Judiciário", afirmou o ministro.
Salomão destacou que o juiz usou símbolos de poder para intimidar suas vítimas, com o objetivo de impedir que seus atos de violência fossem denunciados, caracterizando, se confirmado, comportamento seriamente reprovável.
O juiz já estava afastado das funções desde abril por determinação do corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia. Os procedimentos que correm no TJ-SP e no CNJ são autônomos. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.
- Reclamação Disciplinar 0000134-51.2023.2.00.0000
Fonte: Conjur
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