— Estou grata por terem me absolvido de algo que não foi minha culpa, reconhecendo minha inocência, algo que deveriam ter feito desde o início. Eles me prenderam por nove meses injustamente — disse Ruiz à imprensa após deixar a audiência.
A juíza responsável pelo caso havia sido duramente criticada por ter considerado que a jovem incorreu em "excesso de legítima defesa".
Ruiz, que passou nove meses na prisão, embora desde fevereiro de 2022 pudesse continuar seu processo em liberdade, disse ainda assim que continua "temendo" por sua vida e pede à Justiça que não dê ouvidos aos argumentos da família de seu agressor, que tem três dias para recorrer dessa resolução.
Sobre o ataque, ocorrido em 2021, Ruiz indicou que após tomar uma cerveja com uma amiga em um bar, um homem que ela conheceu no local fez questão de acompanhá-la até sua casa. Chegando lá, pediu-lhe que passasse a noite, alegando que morava longe. Porém, quando ele estava descansando, ele a agrediu sexualmente, bateu nela e ameaçou matá-la, segundo seu depoimento, no qual ela garante que ao se defender o sufocou com uma camiseta. No dia seguinte ela foi presa.
Esse caso desencadeou uma série de denúncias sobre o papel da Justiça diante da violência de gênero que atinge o país. O México, com 126 milhões de habitantes, registrou 3.754 assassinatos de mulheres no ano passado, dos quais 947 foram classificados como feminicídios, segundo o governo.
Por AFP — Nezahualcóyotl, México
Fonte: O Globo
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