Ela contou à polícia que fez compras com o marido na loja de roupas e pagou normalmente. Na saída, ela afirma que notou que a gerente estava ao lado do detector antifurto, que apitou no momento que ela passou.
Segundo Ingryd, a gerente afirmou que o detector foi acionado porque constava uma blusa de cetim dentro da bolsa dela – item que ela não comprou. Ao negar que estivesse com a roupa, ela foi liberada, mas o detector voltou a apitar.
Conforme Ingryd e o marido contaram aos policiais, ela teve que retornar, mostrar a nota fiscal e retirar as roupas compradas de dentro da sacola. O casal filmou situação com o celular.
A advogada ressalta que não havia nenhuma identificação eletrônica nas peças. Depois de ter as sacolas revistadas, ela foi liberada, e o detector não voltou a ser acionado.
Para Ingryd, o equipamento estava sendo acionado de forma remota e discriminatória. Além disso, ela destaca que o marido, que é mais claro, não foi apontado em nenhum momento como sendo a pessoa que estaria com a suposta peça - mesmo estando com três bolsas e uma mochila.
Em um relato nas redes sociais, a advogada se revelou chocada e disse que o episódio acabou com o dia dela.
"Nunca passei por tamanho constrangimento. O pior é a funcionária me mostrar no tablet a peça que ela diz que está na minha bolsa. Isso é possível, gente? Ou eles já fazem pra humilhar? Ou pra plantar algo suspeito que fundamente olhar nossas bolsas? Vocês precisam aprender urgentemente a tratar com dignidade uma pessoa preta", postou ela.
Advogada denuncia racismo em loja de shopping da Barra da Tijuca — Foto: Redes sociais
O caso é investigado pela Polícia Civil. O g1 tenta contato com a assessoria da loja.
Por Thaís Espírito Santo
Fonte: @portalg1
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