A Justiça decretou o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, que vão responder pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, podendo pegar uma pena de até 35 anos de prisão. Três lojas que comercializavam armas de forma irregular também tiveram os bens bloqueados.
Nos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), o Exército realizou uma fiscalização em outras lojas que comercializam armas, munições e acessórios. A Polícia Federal informou que continuará a apuração, “na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes”.
A ação envolveu o apoio das Polícias Militares e Civis de Pernambuco e Bahia, além da Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Exército.
Outras operações
No último dia 17, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão no Rio de Janeiro contra um policial militar, um policial civil e um advogado por tráfico de drogas e corrupção. Eles eram investigados por participar de um esquema de cobrança de propinas e desvio e comercialização de entorpecentes que funcionava dentro da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, descoberto em outubro do ano passado.
Em outubro de 2023, a “Operação Drake” da Polícia Federal prendeu quatro policiais civis e um advogado por tráfico de drogas e crime de corrupção. Na época, a ação, integrada com o serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, teve como alvo um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro. O veículo foi interceptado por duas viaturas durante um trabalho de monitoramento.
Os policiais, responsáveis por autuar e prender os envolvidos, teriam negociado, por meio de um advogado, a liberação da carga de entorpecentes e a soltura do motorista. Quando o pagamento foi efetuado, três viaturas da Polícia Civil do Rio de Janeiro escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.
Natália Martins e Giovana Cardoso
Fonte: @portalr7
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