Conforme o Ministério Público da Paraíba, durante interceptações telefônicas foram colhidos diálogos em que membros da organização criminosa se referem ao advogado como uma pessoa muito amiga do juiz e capaz de desmanchar processos criminais contra eles, proximidade que teria sido constatada, inclusive, em viagem realizada por ambos.
A acusação afirma que o magistrado deixou de reconhecer sua manifesta suspeição, sugerindo, inclusive, que estaria compartilhando informações de investigações sigilosas com o advogado e que esse repassaria essas informações para os integrantes da facção criminosa.
"Essa relação de proximidade entre um magistrado, que conduzia processos criminais, e um advogado que atuava nesses processos e também figurava em um deles como investigado, configurou violação aos princípios da impessoalidade e da imparcialidade", afirmou em seu voto o relator do processo, desembargador Romero Marcelo.
Ao final, o Presidente do TJPB, desembargador João Benedito da Silva, determinou que cópias do processo fossem encaminhadas ao Ministério Público Estadual.
Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto é o mesmo juiz que, em abril de 2022, causou polêmica ao condenar um homem por ter processado o Estado depois de ter sido preso por engano. Em sua decisão, à época, ele declarou a improcedência da ação e ainda condenou o autor a pagar 10% do valor da causa para fins de custas do processo.
Por g1 PB
Fonte: @portalg1
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