Segundo o ministro, essa prática, embora comum e legitimada no Brasil, causa estranheza em outros países, especialmente em cortes constitucionais estrangeiras.
Barroso destacou que, fora do Brasil, o contato direto e privado entre juízes e advogados sobre casos em trâmite não é admitido como parte da rotina judicial.
"Só o sistema brasileiro, que eu conheça, admite como parte da rotina o despacho pessoal do advogado com o juiz, a propósito do caso, sem a presença da outra parte. Não conheço nenhum outro sistema que admita isso", afirmou.
Barroso ressaltou que a maior parte do trabalho do Supremo não ocorre nas sessões presenciais, mas sim nos gabinetes, no plenário virtual e em atendimentos aos advogados.
O ministro afirmou que a prática tem raízes históricas.
"É uma tradição brasileira desde sempre. Desde quando muitos de nós fomos advogados, já era assim, e continua assim. A OAB defende essa posição, e assim vai continuar a ser."
O presidente da Corte frisou que, apesar de os encontros ocorrerem em caráter privado, os ministros costumam receber os profissionais acompanhados de ao menos um assessor.
Veja a fala:
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