Santos foi detido semana passada, em frente a um abrigo na Rua Riachuelo, na região da Sé, Centro de São Paulo, com a namorada, Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45 anos, e um terceiro comparsa: José Lucas Domingo Alves, de 23 anos.
O casal aparece nas imagens da rua Itambé na última quarta-feira (1°), roubando o celular de Pacheco (veja abaixo). Eles se declararam moradores em situação de rua.
Na abordagem, Lucas Brás dá um soco no rosto do advogado, que caiu na calçada desacordado. O criminoso aproveita a situação da vítima e rouba os pertences pessoais dele antes de fugir.
Luiz Fernando Pacheco ao ser socorrido na Santa Casa de São Paulo, no Centro. Por estar sem documentos, só foi identificado 36 horas depois do seu desaparecimento, por meio das digitais. O sepultamento dele foi na sexta-feira (3), com a presença de autoridades e ministros de estado.
Antes desse caso, Santos já havia sido condenado por roubo contra outra advogada, em crime ocorrido na madrugada de 23 de agosto de 2023, na rua Paim, na Bela Vista.
Na ocasião, Lucas e outro comparsa roubaram a bolsa da advogada, derrubando-a também ao chão durante a ação. Após o roubo, ela começou a gritar e uma viatura que passava pelo local perseguiu os criminosos até a região do Viaduto 9 de Julho, onde Lucas foi preso em flagrante com os pertences da vítima e com ajuda de testemunhas. O comparsa dele conseguiu fugir.
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Após a prisão, o rapaz teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Na denúncia apresentada à Justiça pedindo a condenação de Lucas, a promotora Anna Paula Grossi, afirmou que vítima lesionou a mão esquerda, conforme laudo pericial, durante a ação. Ela pediu a condenação dele pelo artigo 157, §2º, inciso II, do Código Penal, que fala sobre roubos praticados com violência.
Apesar de ter confessado o crime, Lucas Brás dos Santos ficou preso até outubro de 2023, quando foi solto por uma decisão do juiz Bruno Paiva Garcia, que revogou a prisão preventiva por entender que ele ficou muito tempo preso sem ser julgado. O pedido de soltura foi feito pela Defensoria Pública, que alegou que Lucas era réu primário e não tinha antecedentes criminais registrados anteriormente.
Na época, Paiva Garcia disse na decisão de soltura que “a prisão preventiva, dessa forma [que está], é excepcional e deve estar fundada em fatos concretos e verificáveis, que demonstrem efetivo risco gerado pelo estado de liberdade, além da adequação e proporcionalidade da medida extrema”.
“Não bastam, para esse fim, alegações genéricas a respeito da gravidade do crime imputado ou de uma suposta ofensa à ordem pública, que não pode ser demonstrada ou contrastada”, ao mandar expedir a soltura do acusado.
Em 07 de janeiro de 2025, ele foi considerado culpado pelo crime na rua Paim e foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo mesmo juiz que mandou soltá-lo.
Até a sexta-feira (3), ele não tinha sido localizado pelas autoridades para cumprir a pena do primeiro crime. Segundo a delegada Gabriela Lisboa, que investigou o caso, os três presos confessaram participação no crime contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, do Grupo Prerrogativas.
Os três suspeitos presos pela morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, em Higienópolis, no Centro de São Paulo. — Foto: ReproduçãoEles disseram na delegacia que viviam na rua e que usavam centros de acolhida da Prefeitura de SP para se alimentar. Até a última atualização dessa reportagem, a Polícia Civil ainda não tinha localizado os itens roubados Os presos são os seguintes:
- Lucas Brás dos Santos, de 27 anos (agressor do advogado);
- Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45 anos (vista no local do crime com Lucas);
- José Lucas Domingo Alves, de 23 anos (apontado como homem que dava cobertura nos crimes do casal).
Por Rodrigo Rodrigues, g1 SP — São Paulo
Fonte: @portalg1
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