Embora estivesse na lista vermelha da Interpol, que reúne procurados para fins de extradição, o mandado ainda não havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), etapa necessária para validar a prisão no Brasil. Por isso, a detenção não pôde ser formalizada.
A abordagem ocorreu na Rua Casa Branca, no bairro Casa Branca. Os policiais militares rodoviários faziam patrulhamento quando pararam quatro pessoas, entre elas estrangeiros da República do Benin e Thaynara, que aparecia nos sistemas internacionais como procurada.
Uma checagem apontou que havia contra ela um alerta emitido pela Justiça da Argentina pelos crimes de associação ilícita e fraude especial, ligados ao uso de dados de cartões de crédito e débito de terceiros.
Thaynara foi levada à Superintendência da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. No registro feito pelo delegado, porém, foi constatado que, apesar do alerta internacional, o nome dela não aparecia no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), sistema que reúne ordens de prisão válidas em território brasileiro.
Sem a comunicação oficial entre as justiças argentina e brasileira, a prisão não poderia ser efetivada. Ela foi liberada horas depois de ser abordada.
O que é o BNMP
O Banco Nacional de Mandados de Prisão é um sistema eletrônico gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele reúne, em tempo real, todos os mandados de prisão expedidos no país. O objetivo é unificar informações, evitar prisões irregulares, facilitar o trabalho das autoridades e garantir mais segurança jurídica no cumprimento das ordens de prisão.
Por Eliezer dos Santos, TV Globo
Fonte: @portalg1

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