bit.ly/2oCIZli | Uma mulher receberá R$ 100 mil do governo de São Paulo, por ter o útero revistado ao fazer uma visita a avó, em uma penitenciária da capital paulista. A vítima, que estava grávida, tentava visitar a avó em um presídio de São Paulo quando teve o canal vaginal e o útero revistados sem sua autorização. Na ocasião, ela e a filha de 2 anos passaram por um scanner corporal e uma agente suspeitou de algo em seu útero, mesmo sendo informada da gravidez.
Ela foi levada para uma sala reservada e, segundo a mulher, passou a receber ameaças de quatro policiais, sendo três deles homens. Eles mandavam ela “entregar o BO”. Caso não colaborasse, ela seria detida em flagrante e sua filha seria entregue ao Conselho Tutelar.
A mulher manteve a versão de que estaria grávida e, por esta razão, foi levada a um hospital próximo. Na unidade de saúde, ela foi submetida a exames médicos invasivos sem sua autorização, que só foram realizados, segundo ela, após ameaças dos agentes.
Um exame de toque, que chegava ao útero, e uma coleta de sangue deram negativo para quaisquer substâncias ilícitas ou objetos em seu canal vaginal. Apesar disso, ela ainda precisou fazer uma tomografia, um ultrassom e uma radiografia. Tudo sob agressões verbais dos policiais, de acordo com a Folha de São Paulo.
A mulher e a filha ficaram detidas das 12h às 20h, sem direito a se alimentar ou a ir ao banheiro. Pouco antes de ir embora, elas tiveram permissão para ir ao toalete, mas foram proibidas de fechar a porta ou dar descarga. A intenção era verificar se algum objeto tinha sido jogado no vaso sanitário.
Ao retornarem ao presídio, o horário de visitas já tinha acabado. Os pertences das duas não foram recuperados porque a guarda havia trocado de turno. Mãe e filha só conseguiram ir para casa, em um bairro periférico de Guarulhos, depois que uma servidora ofereceu dinheiro para pagar o transporte de volta.
Pouco menos de um mês da tentativa de visita, a avó da mulher foi transferida para uma penitenciária a cerca de 170 quilômetros de onde a família mora.
A defesa da mulher classificou o episódio como “um dia de tortura” para mãe e filha.
Na sentença, a magistrada classificou o episódio como “um dia de tortura” para mãe e filha. A juíza determinou que o estado de São Paulo indenize em R$ 50 mil a mulher revistada e em mais R$ 50 mil a filha da vítima.
A Procuradoria-geral do Estado recorreu da sentença.
Fonte: pnoticias.com.br
Ela foi levada para uma sala reservada e, segundo a mulher, passou a receber ameaças de quatro policiais, sendo três deles homens. Eles mandavam ela “entregar o BO”. Caso não colaborasse, ela seria detida em flagrante e sua filha seria entregue ao Conselho Tutelar.
A mulher manteve a versão de que estaria grávida e, por esta razão, foi levada a um hospital próximo. Na unidade de saúde, ela foi submetida a exames médicos invasivos sem sua autorização, que só foram realizados, segundo ela, após ameaças dos agentes.
Um exame de toque, que chegava ao útero, e uma coleta de sangue deram negativo para quaisquer substâncias ilícitas ou objetos em seu canal vaginal. Apesar disso, ela ainda precisou fazer uma tomografia, um ultrassom e uma radiografia. Tudo sob agressões verbais dos policiais, de acordo com a Folha de São Paulo.
A mulher e a filha ficaram detidas das 12h às 20h, sem direito a se alimentar ou a ir ao banheiro. Pouco antes de ir embora, elas tiveram permissão para ir ao toalete, mas foram proibidas de fechar a porta ou dar descarga. A intenção era verificar se algum objeto tinha sido jogado no vaso sanitário.
Ao retornarem ao presídio, o horário de visitas já tinha acabado. Os pertences das duas não foram recuperados porque a guarda havia trocado de turno. Mãe e filha só conseguiram ir para casa, em um bairro periférico de Guarulhos, depois que uma servidora ofereceu dinheiro para pagar o transporte de volta.
Pouco menos de um mês da tentativa de visita, a avó da mulher foi transferida para uma penitenciária a cerca de 170 quilômetros de onde a família mora.
Acusação de estupro
A Defensoria Pública entrou com uma ação indenizatória contra o estado de São Paulo. A defesa afirmou que mãe e filha tiveram a intimidade e a privacidade violadas, além de serem submetidas a cárcere privado e estupro pelo estado.A defesa da mulher classificou o episódio como “um dia de tortura” para mãe e filha.
Indenização
Em sua decisão, a juíza Alexandra Fuchs de Araujo afirmou que os agentes policiais tiveram comportamento abusivo e que não agiram com base na lei.Na sentença, a magistrada classificou o episódio como “um dia de tortura” para mãe e filha. A juíza determinou que o estado de São Paulo indenize em R$ 50 mil a mulher revistada e em mais R$ 50 mil a filha da vítima.
A Procuradoria-geral do Estado recorreu da sentença.
Fonte: pnoticias.com.br
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