Funcionário fantasma: Justiça obriga médico que acumulava 8 empregos a pagar R$ 2,2 milhões

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bit.ly/2sXggdy | Um médico do interior de São Paulo foi obrigado pela Justiça a pagar R$ 2,2 milhões por ter acumulado ilicitamente oito empregos, dos quais cinco públicos. O juiz José Daniel Dinis Gonçalves atendeu a um pedido do Ministério Público (MP), em dezembro, e ordenou a execução da pena de José Ursan Júnior, que havia sido dada em junho.

A Justiça entendeu que o médico era um funcionário fantasma que não poderia exercer todos os empregos, já que eles somam 106 horas semanais e estavam distribuídos em quatro cidades: Araçatuba, Guararapes, Bilac e Birigui. Ursan Júnior foi condenado a pagar cerca de R$ 1,1 milhão, mas os juros e a correção monetária elevaram o valor a R$ 2.269.704,99.

Além do pagamento, que incluía uma multa de 10%, ou cerca de R$ 220 mil, em caso de atraso no prazo de 15 dias, o médico teve suspensos seus direitos políticos e perda dos cargos. Isso o impede de votar e de receber votos, caso resolva se candidatar para alguma eleição.

José Ursan Júnior faz parte de um grupo de 60 médicos com emprego fantasma que foram descobertos após uma denúncia do MP de Araçatuba. Os outros 59 profissionais devolveram parte dos salários acumulados ilicitamente e renunciaram a alguns cargos. Ursan Júnior, no entanto, decidiu recorrer à Justiça para manter sua condição.

O médico recebia rendimentos de R$ 9.800 em Araçatuba, R$ 4.500 em Guararapes, R$ 8.500 em Bilac e, em Birigui e Araçatuba, atuava em duas clínicas particulares, com salários não divulgados. O valor da pena se refere a uma multa de R$ 1.178.641,42 somada a uma quantia de mesmo valor referente ao rombo calculado por especialistas do MP. Os juros equivalem a 61 meses, contando da data em que ele foi notificado inicialmente até dezembro passado.

Fonte: justicapotiguar.com.br

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