Advogada autônoma descobre ser vereadora e tem pedido emergencial negado

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bit.ly/2Znplu3 | Uma moradora de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, teve o auxílio emergencial negado porque, no sistema, ela aparece como política eleita. Diante da mensagem, agora a advogada autônoma tenta provar que não é vereador e nunca foi eleita para o cargo.

Jacqueline Carneiro tem dois filhos e depende da renda do escritório de advocacia para sustentar a família. Desde que as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus foram adotadas, ela diz que o movimento caiu pela metade.

Em virtude da situação econômica, ela pediu o benefício. Depois de dias esperando a resposta, na segunda-feira (18), ao acessar a plataforma da Caixa Econômica Federal, viu que o pedido foi negado.

“Sou autônoma e tem meses que não entra dinheiro, com a pandemia ficou mais difícil. Ontem, depois de várias tentativas de abrir a plataforma, levei um susto porque o pedido foi negado. Na hora achei que era piada, porque apareceu que era política eleita”, contou a advogada.

Jacqueline diz que depois de conversar com a mãe entendeu o motivo da confusão. Na última eleição municipal ela foi candidata ao cargo de vereadora. Mas, segundo ela, recebeu apenas 81 votos e não foi eleita.

“Sai candidata no pleito anterior para ajudar o partido no limite que precisava para ter candidatas mulheres. Não pedi votos e nem trabalhei. Gastei R$12 com um banner que guardei. Não me elegi e prestei contas à Justiça Eleitoral. Na eleição presidencial não votei, mas paguei multa e regularizei o título. Está tudo certo com a Justiça Eleitoral e Receita Federal”, diz.

Diante da negativa do pagamento, a advogada não sabe como recorrer.

“A plataforma da Caixa é muito ruim, tanto que achei que era uma piada, que tivesse dado erro. Sou advogada e não estou sabendo para onde correr, imagina quem está passando fome? Estava contando com o valor do auxílio”, pontuou.

A Caixa Econômica Federal informou que apenas faz o pagamento, a análise e resposta para o pedido são feitos pelo Dataprev, Ministério da Cidadania.

O Ministério da Cidadania e Dataprev disseram que alguns candidatos não eleitos nas últimas eleições tiveram pedidos negados. Por meio de nota,os dois órgãos esclareceram que não será necessário recadastrar ou fazer qualquer operação no aplicativo. A regra foi ajustada para reanálise, iniciada em 30 de abril, e todos que tiverem direito receberão as três parcelas do benefício.

Por RPC Ponta Grossa
Fonte: g1.globo.com

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