bit.ly/fogos-stf | Qual a sua opinião? Após manifestantes lançarem fogos de artifício contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), na noite de ontem, o presidente da corte, ministro Dias Toffoli, afirmou que o tribunal "jamais se sujeitará" a "nenhum tipo de ameaça".
Em nota divulgada hoje, Toffoli afirma ainda que os ataques ao STF tem sido "financiados ilegalmente" e estimulados "por integrantes do próprio Estado"
O ministro Alexandre de Moraes, em publicação nas redes sociais, comparou o ato à ação de " verdadeiras organizações criminosas" e afirmou que "a lei será rigorosamente aplicada". Moraes é relator no tribunal do chamado inquérito das fake news, que apura ataques, ameaças e ofensas a ministros do STF.
O ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, disse que há diferença entre militância e bandidagem.
No sábado, um grupo de manifestantes lançou fogos de artifício contra o prédio do STF. A ação foi realizada após o governo Distrito Federal desmontar um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) instalado na região da Esplanada dos Ministérios.
Na tarde de ontem, um grupo já havia invadido a laje do Congresso Nacional e a Polícia Legislativa foi acionada para retirar os manifestantes do local.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, um homem faz ameaças aos ministros do Supremo durante a queima dos fogos: "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda", diz ele na gravação.
Os atos levaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a decretar o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres nesse domingo.
Veja a íntegra da nota de Toffoli:
"Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.
Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos - Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.
O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.
Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira.
Ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal"
Fonte: noticias.uol.com.br
Por Felipe Amorim e Guilherme Mazieiro (UOL Brasília)
Em nota divulgada hoje, Toffoli afirma ainda que os ataques ao STF tem sido "financiados ilegalmente" e estimulados "por integrantes do próprio Estado"
O ministro Alexandre de Moraes, em publicação nas redes sociais, comparou o ato à ação de " verdadeiras organizações criminosas" e afirmou que "a lei será rigorosamente aplicada". Moraes é relator no tribunal do chamado inquérito das fake news, que apura ataques, ameaças e ofensas a ministros do STF.
O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocraticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá.— Alexandre de Moraes (@alexandre) June 14, 2020
O ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, disse que há diferença entre militância e bandidagem.
Há no Brasil, hoje, alguns guetos pré-iluministas. Irrelevantes na quantidade de integrantes e na qualidade das manifestações. Mas isso não torna menos grave a sua atuação. Instituições e pessoas de bem devem dar limites a esses grupos. Há diferença entre militância e bandidagem.— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) June 14, 2020
No sábado, um grupo de manifestantes lançou fogos de artifício contra o prédio do STF. A ação foi realizada após o governo Distrito Federal desmontar um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) instalado na região da Esplanada dos Ministérios.
Há pouco, grupos de manifestantes do acampamento "300 pelo Brasil" lançou fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal, na Esplanada dos Ministérios. O governador do DF, Ibaneis Rocha, decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para evitar ataques. pic.twitter.com/8wYbY8rOba— Renato Souza (@reporterenato) June 14, 2020
Na tarde de ontem, um grupo já havia invadido a laje do Congresso Nacional e a Polícia Legislativa foi acionada para retirar os manifestantes do local.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, um homem faz ameaças aos ministros do Supremo durante a queima dos fogos: "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda", diz ele na gravação.
Os atos levaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a decretar o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres nesse domingo.
Veja a íntegra da nota de Toffoli:
"Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.
Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos - Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.
O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.
Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira.
Ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal"
Fonte: noticias.uol.com.br
Por Felipe Amorim e Guilherme Mazieiro (UOL Brasília)
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