O rapaz e o acusado de executar Adijalmo iriam a júri no dia 19 deste mês. Porém, a juíza decidiu suspender a sessão, citando “continuidade da pandemia e o aumento de casos do covid-19 na comarca”. Uma nova data ainda não foi designada e, considerando que o jovem estava preso há mais de dois anos, a magistrada optou por revogar a prisão preventiva.
“Embora os fatos narrados na denúncia sejam de extrema gravidade, eis que a vida da vítima Adjalmo Alves da Silva foi ceifada, e a prisão preventiva tenha sido decretada ao fundamento da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal, já se passaram mais de dois anos desde a ocorrência dos fatos e sua prisão, tempo suficiente para que a ordem pública fosse restabelecida”, afirmou a magistrada.
Ela citou ainda que o acusado é réu primário e que “o processo está próximo do fim, restando apenas a realização do júri, o qual sequer tem previsão para ser designado, considerando a necessidade do distanciamento social decorrente da pandemia”. Ao revogar a prisão, a magistrada fixou medidas cautelares que deverão ser cumpridos pelo suspeito, como comparecimento mensal à Justiça e proibição de contato com testemunhas.
Por outro lado, a juíza negou a soltura do acusado de esfaquear Adijalmo. “No caso vertente, ressalto a necessidade de evitar a reiteração delituosa, na medida que o acusado responde por ação penal em trâmite na 3ª Vara de Colíder, também por homicídio qualificado, ou seja, o acusado é processado por dois homicídios, sendo que o risco de nova reiteração criminosa é fator concreto a ser eficazmente evitado pelo Poder Judiciário”, disse Thatiana.
Conforme Só Notícias já informou, no ano passado, a juíza decidiu mandar a júri popular a dupla acusada de envolvimento na morte de Adijalmo. Conforme a decisão da magistrada, os dois serão julgados por homicídio triplamente qualificado.
De acordo com a denúncia, o assassinato teria sido cometido por vingança. Isso porque o rapaz teria “atritos familiares com seu pai”. Nessa versão, Adijalmo teria cobrado o filho por, supostamente, se envolver com drogas e não trabalhar. “Em virtude desses atritos, motivado pela torpe vingança”, o jovem teria decidido matar o pai.
A denúncia aponta que o acusado ofereceu R$ 5 mil para um rapaz de 24 anos executar Adijalmo. O suspeito ainda teria deixado a porta aberta e providenciado para que o pai ficasse sozinho em casa. O contratado, então, teria se deslocado até a residência “e, com extrema crueldade e aproveitando-se que a vítima estava dormindo sem poder esboçar defesa, desferiu diversos golpes de faca”.
Os dois acusados negam o crime. O filho da vítima disse que o objetivo era apenas “dar um corretivo” e que sua mãe era agredida pela vítima. No entanto, afirmou que contratou dois adolescentes para a tarefa e eles acabaram matando Adijalmo. Negou ainda ter se encontrado com o outro rapaz de 24 anos.
Só Notícias / Herbert de Souza
Fonte: www.sonoticias.com.br
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