Juíza decretou a prisão do cantor Belo para impedir novas aglomerações

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bit.ly/2OOOCu2 | A juíza plantonista do Tribunal de Justiça do Rio, Angélica dos Santos Costa, decidiu determinar a prisão do cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, para impedir que ele faça novos shows e aglomerações. Ele é acusado de se associar ao traficante Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico de drogas no Parque União, no Complexo da Maré, para a realização de um show num Ciep, sem autorização da Secretaria Estadual de Educação, no sábado de Carnaval.

“Assim, além do evento não ter sido autorizado pelo Estado, mas sim pelo chefe do tráfico local, a sua realização contou com um grande número de espectadores, aglomerados, que serviu ainda mais para a disseminação do coronavírus, em total desrespeito aos atos normativos municipais e estaduais que visam ao combate à pandemia”, afirmou a magistrada em um dos trechos.

Em outro ponto, foi taxativa: “A medida se impõe como forma de garantir a ordem pública a fim de evitar outros eventos desta natureza em plena pandemia”, sem levar em consideração que a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) havia pedido apenas a prisão temporária do pagodeiro por 30 dias.

Na decisão, a juíza também determinou as prisões de Célio Caetano e Joaquim Henrique Marques Oliveira, sócios da produtora Série Gold Som e Iluminação, responsável pelo evento, e do traficante, único a estar foragido.

Foram expedidos e cumpridos ainda cinco mandados de busca e apreensão, entre eles, na casa do cantor, na Barra da Tijuca, zona oeste, e na produtora, em Macaé, região do norte fluminense. A magistrada determinou ainda a suspensão das atividades da empresa e o bloqueio das contas pessoais de todos os envolvidos.

Carreira marcada por prisões

Não é a primeira vez que o cantor Belo é preso. Em 2002, ele ficou 37 dias na cadeia acusado de envolvimento com traficantes. A investigação, com base em grampos autorizados pela Justiça, mostrou a relação do artista com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, então chefe do tráfico no Jacarezinho, zona norte.

Numa conversa, Vado, morto naquele ano, pediu R$ 11 mil ao artista para a compra de “tecido fino”, em troca de um “tênis AR”. Segundo a polícia, “tecido fino” seria cocaína e “tênis AR”, um fuzil AR-15.

Já em 2004, o artista foi detido em casa, na zona oeste, em um quarto com paredes falsas por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A ação foi desdobramento da investigação de 2002. Em 2007, o artista ganhou o direito à liberdade condicional.

O pagodeiro ficou livre do processo em março de 2010, quando a Vara de Execuções Penais do Rio concedeu o indulto (perdão judicial) ao cantor, após pedido da defesa.

Adriana Cruz
Fonte: www.metropoles.com

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