Delegado dá ordem de prisão a advogado que orientou clientes a ficarem caladas

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A ordem de prisão de um advogado criminalista movimentou a madrugada desta sexta-feira (14/5) na região leste de São Paulo. O advogado Eder Canavan recebeu ordem de prisão do delegado Marcio Fruet Pereira de Araujo por ter orientado suas clientes a permanecer em silêncio durante interrogatório e não fornecer as senhas de seus telefones celulares. As duas mulheres são suspeitas de estelionato.

O incidente ocorreu na 7ª Delegacia Seccional de Itaquera e repercutiu entre criminalistas. Segundo relatos, o advogado fazia as recomendações para que suas clientes usassem o direito de permanecer em silêncio e ouviu do delegado que, por assim proceder, deveria ser preso por estar por estelionato, associação criminosa e coação no curso do processo. Ele acabou indiciado por coação de testemunha. 

O caso foi denunciado pelo perfil do Instagram Papo de Criminalista, mantido pelo advogado Mário de Oliveira Filho. Mais de 30 advogados liderados pelo advogado Rodrigo Feitosa compareceram ao local em defesa das prerrogativas da advocacia.

A versão da Polícia Civil é que Eder Canavan foi enviado para intimidar as duas mulheres a mando do chefe de uma associação criminosa. A mãe de uma das clientes, contudo, desmentiu a informação e afirmou que foi ela que contratou o advogado.

Em contato com a ConJur, Mario de Oliveira Filho informou que o Ministério Público se manifestou pela liberdade provisória de Canavan. A Corregedoria da Polícia Civil compareceu ao local e se reuniu com cinco advogados que compareceram ao local.

A OAB-SP informou, por meio de nota enviada ao portal UOL, que já estava ciente do caso e que adotaria as medidas necessárias para garantir as prerrogativas do advogado. Criminalistas que foram à delegacia, no entanto, se queixaram da demora da Ordem em comparecer ao local. O alvará de soltura em favor do advogado e de suas clientes já foi expedido. 

*(Imagem meramente ilustrativa: reprodução Internet)

Por Rafa Santos
Fonte: Conjur

2/Comentários

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  1. Agora, após a apuração do caso, ficando claro que o advogado exercia direito legítimo, deverá ser apurada a conduta do agente do estado, com a devida atenção.

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  2. Pamellasantos
    Eu a dias atrás foi chamada na delegacia onde este delegado trabalha para dar um depoimento por ter passado no começo do ano em uma clínica de estética que foi assaltada dias a pós eu ter passado por lá .
    Como não era cliente me informaram que eu foi dar um depoimento como suspeita, ate ai tudo bem concordei mas só sob do que se tratava realmente quando cheguei na delegacia enquanto estava com escrivão foi tudo tranquilo quando logo em seguida a mesma coisa que aconteceu com estas suspeita foi comigo entrou em japonês na sala sem se identificar pegou meu celular começou a dizer que era roubado e pediu o EMI eu não sabia informei alegue que era meu é tinha nota mesmo assim ele pegou levou e veio me entregar depois . Quando pensei que iria embora foi levada em um sala com 3 homens fecharam a porta e começaram a me interrogar alegando uma seria de coisa foi tudo muito rápido mas o constrangimento de ter me colocado em um sala com 3 homens pra mim foi um abuso uma tortura e me alegaram que várias mulheres iriam ser interrogada como eu ,foi um pressão psicológica.
    Depois foi informada que eles não poderiam ter pego meu celular daquela maneira muito menos me colocar em uma sala de delegacia trancada com 3 homens, se a investigação era de uma clínica de estética o publico maior é mulher porque só colocaram homens para tratar este caso .
    Fiz uma denúncia nos direitos humanos pois me senti violentada e tive os meus direitos violados como cidadã e não recebi a copia do depoimento

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