Polícia Civil admite que duplicou depoimento de um PM para não ouvir o outro

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Via @canalcienciascriminais | Em Anchieta, na zona norte do Rio, uma ação policial resultou em duas pessoas mortas na madrugada do último sábado (25). No mesmo sábado, à tarde, dois policiais militares deram depoimento à polícia civil, que está responsável pela investigação das mortes.

No entanto, foi apurado que o policial responsável por colher os depoimentos copiou e colou o texto de apenas um dos relatos policiais, de modo que não há segurança quanto os fatos investigados. O policial teria deixado de ouvir o segundo PM para “facilitar o trabalho”.

O caso investigado trata da apuração da morte de Samuel Vicente, 17 anos, e de Willian da Silva, padrasto de Samuel. Os dois morreram após sair de um baile funk, no Chapadão, zona norte do Rio, próximo ao bairro de Anchieta.

De acordo com familiares, Samuel e sua namorada estavam na festa e, depois de a moça passar mal, ligaram para William, padrasto de Samuel, a fim de que ele pudesse buscá-los. Os três teriam saíram em uma só moto. No caminho, os polícias militares teriam atirado, depois que viram a moto.

Em depoimento, os policiais relataram, em um primeiro momento que Samuel estaria com um fuzil. Ele teria mirado na direção da equipe de patrulha e, por isso, os policiais reagiram atirando com seus fuzis 762, em legítima defesa. No final do mesmo depoimento, no entanto, é dito que, na verdade, Samuel estava portando uma pistola, com 4 munições.

O relato dos dois policiais envolvidos no ocorrido foi escrito de forma muito semelhante, inclusive em relação às aparentes contradições. Em reportagem, a TV Globo apurou a questão junto a Polícia Civil. A Polícia confirmou que os relatos foram duplicados. O policial responsável teria dito agiu dessa maneira para “facilitar o trabalho”, deixando de ouvir um dos policiais militares.

Fonte: Canal Ciências Criminais

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