Segundo investigações da Polícia Civil, Jean integra uma das facções mais perigosas do Rio desde 2006. Ele foi condenado ou responde a processos em mais de 20 casos, a maioria por tráfico de drogas ou assalto com emprego de violência. Uma das acusações é a de ter matado o advogado Roberto Rodrigues, que defendia o bando.
Em 2013, a Justiça do Rio condenou Jean do 18 por comandar um assalto à mão armada a uma fábrica de vidros em Magalhães Bastos, na zona oeste do Rio. Na ocasião, o grupo tinha intenção de roubar o cofre da empresa, mas acabou apenas levando pertences do gerente, de funcionários e de um cliente que estavam no local. Jean e seu bando estavam armados com pistolas, arrombaram portas e desferiram coronhadas.
Era o tráfico de drogas, contudo, o principal foco do criminoso. Na primeira condenação, ele foi considerado "gerente" do tráfico no Complexo da Lemos de Brito, que integra o Morro do Dezoito, no bairro de Água Santa. Depois, Jean Carlos teria subido na hierarquia da quadrilha até se tornar chefe do morro.
Além do tráfico, Jean é acusado de crimes como homicídio, assalto à mão armada e roubo de veículos. Em um dos processos, testemunhas relataram à Justiça que era comum o bando de Jean do 18 roubar veículos em bairros próximos ao morro e desfilar exibindo armas de grosso calibre, como fuzis. Os crimes ocorriam nos bairros de Piedade, Quintino, Engenho de Dentro, Água Santa e Cascadura.
Invasão a fórum
Jean do 18 também é suspeito de ter comandado uma invasão ao Fórum de Bangu, em 2013, para tentar resgatar comparsas que estavam em audiência . Na ocasião, um menino de oito anos e um policial militar foram mortos durante a troca de tiros. Outro policial e uma idosa ficaram feridos.
Três anos mais tarde, o traficante foi indiciado pela morte do advogado Roberto Rodrigues, ocorrida em 2015. Rodrigues havia sido pagado pelo grupo de Jean para defendê-los em um processo por tráfico de drogas, mas a Justiça manteve os criminosos presos. A quadrilha, então, decidiu executá-lo.
Fonte: Estadão
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