Ao g1, Eduardo, que também fez o relato nas redes sociais, disse que fez a compra no dia 20 de março, a pedido do pai, que não costuma utilizar serviços de comércio on-line.
O aparelho, que estava anunciado com preço original de R$ 3.221, custou R$ 2.899 como promoção pela “Semana do Consumidor”.
“Ele não usa cartão de crédito, nem sabe o que é pix; então mandei o boleto. E o pior é que ele ainda perguntou: ‘Isso é seguro mesmo, meu filho?’. E eu disse: É, é superseguro”, contou o jornalista.
Segundo Eduardo, a embalagem que deveria conter o produto chegou no fim da manhã de sábado (24) à casa onde mora, no bairro de Candeias, Jaboatão dos Guararapes.
Ao ver o jogo infantil dentro do pacote, ele disse que pensou ser uma forma de despistar uma possível tentativa de furto.
“Ia, inclusive, mandar uma mensagem para o meu pai, dizendo que o telefone tinha chegado. Mas resolvi abrir primeiro. Quando abri a caixa, estava o jogo dos Três Porquinhos. Achei bizarro, mas pensei que era para despistar e que o celular ia estar lá dentro”, afirmou.
Eduardo Sena recebeu jogo de quebra-cabeças no lugar de iPhone — Foto: Reprodução/WhatsApp
Pedido de estorno
Na hora em que percebeu a troca de produtos, Eduardo disse que entrou em contato com o serviço de teleatendimento da empresa para pedir o estorno do valor da compra.
Por telefone, ele foi orientado a mandar um e-mail para o setor responsável.
“Disseram que tinham sete dias para responder, mas, já no sábado à tarde, mandaram um e-mail pedindo fotos com uma carta escrita a próprio punho. Eu entendo que haja um protocolo interno porque poderia ter agido de má-fé”, informou.
Na noite desta segunda, após conversar com a reportagem, Eduardo Sena disse que recebeu uma mensagem da empresa dizendo que dará uma resposta sobre a sua situação num prazo entre 3 e 5 dias úteis.
O g1 entrou em contato com a Amazon, mas, até a publicação da matéria, não obteve resposta.
Jovem recebeu perfume
No dia 18 de março, exatamente uma semana antes da situação ocorrida com Eduardo Sena, o biomédico Lucas Portela, que mora no Recife, tomou um susto abrir a encomenda que também deveria ter um iPhone e se deparar com um perfume para bebês.
O biomédico disse que o serviço de atendimento ao cliente o orientou a devolver o produto pelos Correios e que a devolução do dinheiro seria avaliada.
Em contato com o g1 nesta segunda, Lucas Portela afirmou que um dia após a reportagem ser publicada, o site de comércio eletrônico fez o estorno na compra do smartphone.
O que fazer em casos assim
De acordo com o Procon Recife, em casos como esse, é indicado que o consumidor faça fotos da embalagem e do produto e, imediatamente, entre em contato com a loja e com a transportadora para registrar a reclamação.
O órgão de defesa do consumidor disse também que é importante que a pessoa guarde todas as provas, como protocolos de contato e registros de mensagens de texto.
Além disso, também deve registrar boletim de ocorrência na delegacia. Caso o problema não seja resolvido, o consumidor poderá abrir reclamação no Procon Recife contra os fornecedores.
Por Artur Ferraz, g1 PE
Fonte: g1.globo.com
Postar um comentário
Agradecemos pelo seu comentário!