Integrante de grupo neonazista é condenado a 12 anos de prisão por ataque a judeus em 2005

Integrante de grupo neonazista é condenado a 12 anos de prisão por ataque a judeus em 2005
Leandro Maurício Patino Braun foi condenado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, enquanto outros dois réus foram absolvidos.

Quase 18 anos após um dos crimes de ódio mais rumorosos das últimas décadas em Porto Alegre, a Justiça condenou neste sábado (1º) um integrante de um grupo neonazista por um ataque a judeus ocorrido em 2005. Leandro Maurício Patino Braun, 41 anos, foi condenado a 12 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por tentativa de homicídio duplamente qualificado. O julgamento ocorreu no Fórum Central da capital gaúcha.

No dia 8 de maio de 2005, três amigos de origem judaica, Alan Floyd Gipsztejn, Edson Nieves Santanna Júnior e Rodrigo Fontella Matheus, foram brutalmente atacados por skinheads, grupo de ideologia neonazista, no bairro Cidade Baixa, zona boêmia da cidade. Dois deles usavam quipá, um símbolo religioso judaico, no momento do ataque.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, as vítimas caminhavam de madrugada pela região quando foram cercadas e atacadas pelos agressores. A juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva decretou a prisão preventiva de Leandro Maurício Patino Braun.

Outros dois réus no caso, Valmir Dias da Silva Machado Júnior, 43 anos, e Israel Andriotti da Silva, 41 anos, foram absolvidos. A decisão encerra o último julgamento relacionado a esse crime de ódio, que chocou a cidade de Porto Alegre e evidenciou a presença de grupos neonazistas no Brasil.

O caso, que ocorreu há quase 18 anos, mostra que a luta contra o ódio e a intolerância ainda é uma realidade no país. A condenação de um dos envolvidos no ataque traz um alento às vítimas e reforça a importância da justiça em casos como esse, combatendo a violência motivada por ideologias extremistas e discriminatórias.

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